SANTOS

Operação Caracará: desarticulação de quadrilha especializada em roubos a carros-fortes

Diversas cidades do estado de São Paulo foram investigadas, incluindo Mongaguá e Praia Grande

Imagem ilustrativa - Imagem: Reprodução/Policia Civil
Imagem ilustrativa - Imagem: Reprodução/Policia Civil

Alanis Ribeiro Publicado em 16/12/2024, às 12h38


As Polícias Civil, Militar e Federal, além do Ministério Público, iniciaram nesta segunda-feira (16) a Operação Caracará, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por uma série de roubos a carros-fortes e transportadoras de valores, com alvos em diversas cidades do estado de São Paulo, incluindo Mongaguá e Praia Grande.

Cerca de 400 agentes estão envolvidos na operação, que está em andamento. Dentre eles, mais de 300 policiais civis e militares do Comando de Policiamento de Choque participam ativamente das ações, acompanhados por promotores de Justiça e servidores do Ministério Público. 

A Justiça ordenou o bloqueio e a apreensão de bens dos suspeitos, abrangendo imóveis, veículos e ativos financeiros.

A operação abrange 17 cidades paulistas, com a execução de 15 mandados de prisão temporária e 48 mandados de busca e apreensão. As localidades afetadas incluem Ribeirão Preto, Franca, São Paulo, Santo André e Guarulhos, entre outras.

Essa fase da Operação Caracará é uma continuação dos esforços iniciados após um ataque audacioso realizado por uma quadrilha especializada em roubos a carros-fortes na rodovia Cândido Portinari em 9 de setembro deste ano. Desde então, a Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) e outras delegacias têm se mobilizado para investigar os crimes e identificar os membros da organização criminosa.

Os investigadores estão analisando as conexões entre os suspeitos e a estrutura da quadrilha. Medidas cautelares foram solicitadas ao juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Franca, que expedirá os mandados judiciais necessários. O objetivo é interromper o funcionamento financeiro da organização ao bloquear e apreender bens relacionados aos crimes.

A operação leva o nome "Caracará" em homenagem ao sargento Marcio Ribeiro, do 11º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), que foi morto em um confronto durante uma tentativa de assalto a carro-forte no dia 11 de setembro de 2024. Amigos e colegas o conheciam carinhosamente por esse nome.

No incidente que motivou essa operação, aproximadamente 12 assaltantes utilizaram fuzis e explosivos para interceptar um carro-forte. O grupo realizou disparos contra os policiais durante os confrontos que se seguiram ao ataque. Em uma nova ação em 11 de novembro, outro ataque à quadrilha resultou na morte de três suspeitos durante um confronto com o Baep.

A primeira fase da Operação Caracará foi desencadeada em 4 de outubro nas comunidades de Paraisópolis e Praia Grande, onde foram apreendidos armamentos e drogas. Um dos suspeitos foi baleado durante a abordagem policial. Outras prisões relevantes ocorreram posteriormente, incluindo um indivíduo detido em São Paulo com arsenal militar e drogas que estava foragido desde 2009.

As investigações continuam enquanto as forças policiais trabalham para desmantelar a rede criminosa.