Guarujá

Professora é espancada por mãe de aluna no litoral de São Paulo

Segundo a prefeitura a educadora foi afastada do cargo por recomendação médica

Professora é espancada por mãe de aluna no litoral de São Paulo - Imagem: Reprodução/ Google Maps
Professora é espancada por mãe de aluna no litoral de São Paulo - Imagem: Reprodução/ Google Maps

Maria Clara Campanini Publicado em 12/09/2024, às 12h55


Uma mãe de aluna do 2º ano, agrediu brutalmente uma professora de 39 anos, em Guarujá, litoral de São Paulo. A educadora trabalhava na rede municipal de ensino e enquanto esperava o ônibus foi surpreendia pelas costas com as agressões. A vítima foi afastada do cargo por recomendação médica.

Segundo a Secretária de Educação de Guarujá (Seduc), a administração tomou conhecimento da agressão sofrida pela professora da Escola Municipal Valéria Cristina Vieira da Cruz Silva, no Bairro Morrinhos, em rua pública. A educadora ainda estava perto da escola no momento que foi agredida.

A agressão

Após finalizar o horário de trabalho, a vítima colocou nas redes sociais que viveu o pior dia de trabalho em 10 anos como professora “Depois de um dia de trabalho árduo, ao sair da escola, fui brutalmente agredida por uma mãe de aluno” falou.

De acordo com a professora, as agressões começaram com socos, chutes e puxões de cabelo. A vítima lembra ter gritado por socorro, mas ninguém ouviu, outras mães apartaram a briga e socorreram a professora.

“Consegui me levantar. Desesperada, corri em busca de ajuda. Com o rosto ensanguentado, voltei para escola e pedi socorro. Minha cabeça latejava de tantos socos e batidas contra o chão. Pedi a Deus para me salvar, rezei, sozinha tentei entender o porquê de tudo isso. Mas não há explicação para algo tão brutal e cruel” compartilhou a educadora.

Segundo a Prefeitura, a funcionária pediu ajuda à diretora da escola, que informou imediatamente à Seduc, a professora foi levada ao Hospital Guarujá. A vítima foi atendida e afastada do trabalho por recomendação médica, além de ser encaminhada para registrar Boletim de Ocorrência (BO).

Nas investigações o Seduc forneceu todo apoio à servidora, além da comunidade escolar, com a disponibilização de psicólogos e outros funcionários da equipe multidisciplinar, com assistentes sociais, psicopedagogas e fonoaudiólogos.

A Seduc diz que abriu processo interno para avaliar se há outras medidas cabíveis à Prefeitura Municipal. A Secretária de Segurança Pública (SSP) falou que o caso foi registrado com lesão corporal, injúria e ameaça no 1º Distrito Policial (DP) de Guarujá.