Reabertura da investigação sobre o acidente de avião que resultou na morte do candidato à presidência é solicitada pela Justiça

Pedido de reabertura do inquérito do acidente que matou Eduardo Campos é encaminhado à PGR

Eduardo Campos. - Imagem: Reprodução | Twitter
Eduardo Campos. - Imagem: Reprodução | Twitter

Marina Roveda Publicado em 18/11/2023, às 08h48


O juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de reabertura do inquérito que investigou a queda do avião que resultou na morte do então candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, e mais seis pessoas. O protocolo foi realizado pelo irmão do presidenciável, Antônio Ricardo Accioly Campos.

Em 2018, a Polícia Federal concluiu o inquérito, apontando quatro possíveis causas do acidente: colisão com um elemento externo, desorientação espacial, falha de profundor e falha de compensador de profundor. O juiz justificou a solicitação de reabertura para revisar as análises e garantir a correção das conclusões alcançadas.

O acidente ocorreu em agosto de 2014, quando a aeronave com Eduardo Campos decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em direção à Base Aérea de Santos, em Guarujá, SP. A aeronave arremeteu devido ao mau tempo, perdendo posteriormente o contato com o controle de tráfego aéreo.

A mudança proposta inclui a ampliação das aulas de português e matemática, a redução da carga horária de disciplinas como artes, filosofia, sociologia e robótica, e a eliminação de matérias eletivas. Além disso, a reabertura contempla a inclusão da disciplina de educação financeira no currículo para estudantes dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Em 2019, o Ministério Público Federal (MPF) arquivou o processo sem determinar a causa exata do acidente, alegando a falta de equipamentos na cabine de comando do avião. O procurador da república Thiago Lacerda Nobre se posicionou contra o pedido de reabertura, afirmando a ausência de elementos novos que justifiquem a retomada das investigações. Diante da recusa, o juiz enviou o caso à PGR.

Eduardo Campos, nascido em 10 de agosto de 1965, em Recife (PE), era neto de Miguel Arraes e filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). O político ocupou diversos cargos públicos, incluindo deputado estadual, secretário de governo, e ministro de Ciência e Tecnologia no governo Lula. Em 2007, foi eleito governador de Pernambuco, sendo reeleito em 2010.