Em Cubatão

Ricardo Queixão renúncia cargo de vereador após prisão em 'Operação Munditia'

Réu esta preso desde o dia 16 de abril deste ano

Ricardo Queixão - Imagem: Reprodução/ Câmara dos vereadores
Ricardo Queixão - Imagem: Reprodução/ Câmara dos vereadores

Alanis Ribeiro Publicado em 01/08/2024, às 10h46


Ricardo Queixão, de 40 anos e filiado ao PSD, está entre os investigados por suposta fraude em licitações para a contratação de empresas terceirizadas em diversas prefeituras e câmaras municipais de São Paulo. Queixão, ocupava o cargo de vereador de Cubatão, mas renunciou ao posto na terça-feira (30).

O ex-vereador enviou um documento oficial para ser apresentado na sessão ordinária na Câmara Municipal. No conteúdo da carta estava o pedido de renúncia do cargo, onde Queixão se manifestou dizendo “as razões que me levaram a esta decisão são de cunho estritamente pessoal. Sendo assim, retifico e reitero de forma, livre, espontânea, expressa, irrevogável e irretratável a renúncia ao mandato de vereador.”

O suplente Anderson de Lana, também do PSDB, tomará posse do cargo nesta quinta-feira (1). 

Relembre o caso

Em 16 de abril, uma operação chamada 'Munditia' visou uma quadrilha associada ao PCC, acusada de fraudar licitações para empresas terceirizadas em prefeituras e câmaras municipais de São Paulo, incluindo Cubatão e Guarujá.

De acordo com informações, os contratos elaborados fraudados do grupo somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos. 

 O grupo manipulava concorrências e envolvia vereadores e agentes públicos. Foram expedidos mandados de busca e apreensão para 42 endereços e 15 mandados de prisão temporária pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos. 

Entre os mandados expedidos para a Baixada Santista, três foram de prisão temporária e cinco de busca e apreensão. Foram presos: o vereador de Cubatão e ex-presidente da Câmara, Ricardo de Oliveira, conhecido como Ricardo Queixão (PSD); Fabiana de Abreu Silva, servidora pública; e o advogado Aureo Tupinamba, que atuou na defesa de um dos chefes do PCC. Este último citado, porém, teve sua liberdade concedida no dia 25 do mesmo mês. 

Queixão teve sua prisão convertida em preventiva e afirmou em audiência que recebeu "ajuda" de R$5 milhões mensais do principal suspeito, Vagner Borges Dias, que está foragido. 

Além disso, a operação conta com 27 promotores e diversos policiais, e investiga contratos em várias cidades.