Nathalia Urban é jornalista e trabalhava em Edimburgo, onde foi encontrada morta
Maria Clara Campanini Publicado em 26/09/2024, às 12h49
A jornalista Nathalia Urban, nascida em 25 de dezembro de 1987, em Santos, litoral paulista, teve uma carreira marcada pelo comprometimento com temas sociais e políticos. Formada em Jornalismo pela Universidade Católica de Santos, Nathalia desenvolveu sua trajetória profissional com foco em questões como imperialismo, racismo, imigração, capitalismo e feminismo.
Nathalia faleceu recentemente aos 36 anos, em Edimburgo, na Escócia. Sua morte gerou grande comoção nas redes sociais, especialmente devido à falta de informações claras sobre o ocorrido. O g1 procurou esclarecimentos junto ao Itamaraty e ao Consulado-Geral do Brasil em Edimburgo, mas não obteve respostas até o fechamento desta matéria. A família também não possui detalhes precisos sobre as circunstâncias da morte.
Em declarações feitas pelo portal Brasil 247, onde Nathalia era correspondente, foi confirmado que a jornalista estava sendo mantida viva por aparelhos e que seus órgãos serão doados. A equipe do Brasil 247 está encarregada dos trâmites burocráticos relacionados ao falecimento.
Nathalia Urban teve uma vida marcada por mudanças significativas. Filha de mãe solo, ela se mudou para João Pessoa (PB) aos 15 anos. Lá, ingressou na Universidade Federal da Paraíba no curso de Antropologia após passar em primeiro lugar no vestibular. No entanto, a morte precoce de sua mãe e uma relação conturbada com o padrasto a levaram a retornar a São Paulo aos 19 anos.
Na capital paulista, Nathalia foi aprovada na PUC São Paulo para o curso de Ciências Sociais, buscando uma base sólida em política. Posteriormente, retornou a Santos para estudar Jornalismo na Universidade Católica de Santos. Em 2013, estagiou no Jornal A Tribuna e logo após a morte da avó decidiu mudar-se para Londres com seu companheiro.
A experiência como imigrante em Londres trouxe desafios e preconceitos que culminaram em uma nova mudança para a Escócia. Lá, Nathalia encontrou um ambiente mais acolhedor e inspirador. Em Edimburgo, ela continuou seu trabalho jornalístico no Brasil 247, onde criou o programa "Veias Abertas" e participou ativamente do "Bom Dia 247".
Seu legado inclui análises profundas sobre questões internacionais e uma luta constante pelos direitos dos povos oprimidos. Segundo o portal Brasil 247, "Nathalia deixa um legado de combatividade, empatia e luta por todos os povos oprimidos do mundo".
O impacto de sua trajetória continua reverberando entre colegas e admiradores que lamentam sua partida precoce e celebram suas contribuições inestimáveis ao jornalismo crítico e engajado.
Leia também
O lançamento do livro “Vivi, vendi, venci II” foi um sucesso estrondoso
Delegados da PF rebatem críticas sobre atuação na ABIN
Urupês entra para o topo da saúde pública no Brasil
Tragédia na Via Anchieta: motociclista derrapa em óleo e morre atropelado
Mais de 20 ônibus foram vandalizados na Baixada Santista na madrugada deste domingo
Após bater em grade de proteção, motociclista é arremessado e morre na rodovia Cônego D. Rangoni
Motorista fica severamente ferido após tentar desviar de cachorro e capotar o carro
Urupês entra para o topo da saúde pública no Brasil
Mais de 20 ônibus foram vandalizados na Baixada Santista na madrugada deste domingo
Delegados da PF rebatem críticas sobre atuação na ABIN