Decisão foi motivada por manifestações de parlamentares contrários à apreciação do projeto em regime de urgência
Redação Publicado em 05/12/2024, às 12h53
O Senado Federal decidiu, na última quarta-feira (4), retirar da pauta de discussão o Projeto de Lei 2234/2022, que propõe a legalização de bingos e cassinos no Brasil.
A decisão foi motivada por manifestações de parlamentares contrários à apreciação do projeto em regime de urgência, destacando a complexidade e a controvérsia do tema. Atendendo ao apelo da maioria dos líderes partidários, o relator do projeto, senador Irajá (PSD-TO), solicitou sua retirada, alegando a necessidade de mais informações antes de avançar com a proposta.
Apesar das críticas, que incluíram preocupações com possíveis impactos negativos à saúde e à segurança pública, Irajá defendeu a legalização como uma forma de trazer maior controle sobre os jogos de azar, atualmente explorados por organizações criminosas. Ele destacou o papel da fiscalização e a arrecadação de impostos como ferramentas para combater a ilegalidade e minimizar riscos associados ao setor.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apoiou a retirada do projeto, afirmando que houve consenso entre os parlamentares para que o tema não volte à pauta antes de 2025. Nesse intervalo, Pacheco enfatizou a necessidade de obter análises mais detalhadas dos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social para fundamentar futuras discussões.
Entre os senadores que manifestaram preocupações, Flávio Arns (PSB-PR) destacou a importância de estudos aprofundados por órgãos competentes antes de qualquer deliberação. Segundo ele, é essencial que os ministérios tenham mais tempo para fornecer dados que auxiliem na tomada de decisão.
Sérgio Moro (União-PR), por sua vez, reconheceu o direito individual à escolha, mas apontou para o "descontrole" existente no mercado de apostas, em parte agravado pela publicidade agressiva do setor.
O senador Espiridião Amin (PP-SC) também defendeu a necessidade de mais informações antes da votação. Ele classificou a situação atual das apostas como desordenada e considerou positiva a decisão de adiar a discussão, evitando a aprovação de um projeto sem análise adequada.
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