O plano era sequestrar e matar o ex-juiz Sergio Moro entre outras autoridades do governo
Maria Clara Campanini Publicado em 27/11/2024, às 12h04
Um indivíduo suspeito de integrar um esquema para sequestrar e assassinar diversas autoridades, incluindo o senador Sérgio Moro, foi detido em Itanhaém, no litoral paulista. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou a prisão do homem, identificado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), e que teria sido responsável por monitorar a rotina de Moro no estado do Paraná.
A detenção foi realizada pela Polícia Militar em um sítio na noite da última terça-feira, onde o suspeito se encontrava com documentos falsificados e uma arma com numeração raspada. A operação que levou à sua captura faz parte dos desdobramentos da Operação Sequaz, iniciada pela Polícia Federal em março de 2023. Esta ação visava desarticular planos criminosos da facção que envolviam o sequestro e assassinato de autoridades públicas.
Conforme informações da PF, a organização criminosa havia planejado ações contra Sérgio Moro e o promotor Lincoln Gakiya, devido a mudanças nos regimes de visitação em presídios que teriam prejudicado interesses do grupo. A família do senador foi alvo de vigilância contínua por parte dos criminosos, que inclusive alugaram propriedades nas proximidades das residências do parlamentar para facilitar o monitoramento.
Em resposta ao alerta emitido pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, Moro e seus familiares passaram a contar com escolta policial no Paraná. Durante as investigações, foram também descobertas intenções de atentados contra outras figuras políticas, como os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.
Até o momento, as operações resultaram na execução de 24 mandados de busca e apreensão e 11 ordens de prisão em estados como São Paulo, Paraná, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. As investigações apontam que os planos criminosos visavam pressionar pela libertação de líderes do PCC encarcerados em unidades prisionais de segurança máxima.
O secretário Guilherme Derrite expressou satisfação com a captura do suspeito através das redes sociais, destacando o papel crucial deste na coleta de informações sobre a rotina do senador. O caso segue sob investigação para desmantelar completamente as ações planejadas pela facção criminosa.
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