ANDAMENTO

Túnel Santos-Guarujá: solução para congestionamento ou ameaça ecológica?

Especialistas alertam para os riscos de desmatamento e contaminação das águas, que podem afetar a biodiversidade local.

Projeto em 3D de como será a travessia do túnel imerso - Imagem: Reprodução/SSP
Projeto em 3D de como será a travessia do túnel imerso - Imagem: Reprodução/SSP

Redação Publicado em 04/02/2025, às 08h45


O projeto do primeiro túnel imerso do Brasil, planejado para conectar as cidades de Santos e Guarujá, tem gerado expectativas quanto à melhoria da mobilidade na região. No entanto, essa obra de infraestrutura não está isenta de controvérsias, pois apresenta sérios riscos ambientais.

O desmatamento de manguezais e áreas protegidas da Mata Atlântica, essenciais para a preservação da biodiversidade local, é uma das principais preocupações. Especialistas alertam que a execução do túnel poderá causar danos irreversíveis à vida marinha e comprometer significativamente a qualidade do ar e da água na área.

Embora a proposta vise aliviar o congestionamento nas vias que conectam as duas cidades litorâneas, surgem questões sobre os custos sociais e ambientais associados ao seu desenvolvimento. O desmatamento e a possível contaminação das águas costeiras não apenas ameaçam a fauna e flora locais, mas também podem afetar diretamente o turismo na região.

Moradores locais expressam preocupação com o impacto que a construção do túnel pode ter em suas comunidades e no ecossistema circundante. Enquanto muitos veem no projeto uma oportunidade para melhorias na infraestrutura urbana, outros temem que os benefícios não superem os danos ambientais causados.

À medida que o debate sobre o túnel submerso avança, especialistas ressaltam a importância de um planejamento cuidadoso e sustentável que priorize tanto o desenvolvimento econômico quanto a preservação ambiental.