O incêndio, que ocorreu em julho, resultou na morte de uma criança e deixou o menino em estado grave, mas agora estável
Gabriel Nubile Publicado em 06/08/2025, às 10h36
A cidade de Guarujá acompanha de perto a recuperação de um menino de dois anos, vítima de um incêndio trágico em julho. O garoto, que chegou a estar em estado grave, recebeu alta da UTI do Hospital Santo Amaro e já foi transferido para um leito de enfermaria, onde continua sob os cuidados da equipe médica.
O incêndio, que chocou a cidade, aconteceu no dia 14 de julho, em um conjunto habitacional no bairro Cantagalo. O fogo foi provocado pela irmã mais velha, de 14 anos. Infelizmente, a irmã caçula, de apenas 11 meses, morreu no local. Outra irmã, de cinco anos, estava na área comum do prédio no momento do incidente.
A criança chegou a ficar em estado grave por inalar fumaça. Sua transferência para a enfermaria, no último dia 30 de julho, é um passo importante em seu tratamento, com a equipe do hospital confirmando que seu quadro de saúde está estável.
Conclusão da investigação policial
A Polícia Civil de Guarujá concluiu a investigação sobre o caso e confirmou que a adolescente de 14 anos é a única responsável pelo incêndio. Segundo os policiais, a jovem agiu sozinha e não recebeu nenhuma ajuda de outra pessoa para cometer o crime.
Durante o depoimento, a menina disse que não queria mais cuidar dos irmãos e que a mãe havia dado tapas nela antes do ocorrido. Ela também contou que pesquisou na internet quanto tempo levaria para um botijão de gás explodir. No entanto, essas declarações não mudaram o rumo da investigação, pois a Polícia Civil entende que não há uma justificativa legal para a ação. O caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio pela Delegacia de Guarujá.
Os próximos passos na justiça
Com a conclusão da investigação, o caso agora foi enviado para o Ministério Público. O MP irá avaliar a situação para decidir se oferece a chamada representação, que é como uma denúncia, mas para menores de 18 anos. Se a representação for aceita, o caso vai para a Justiça, que irá determinar qual medida socioeducativa será aplicada à adolescente.
Leia também
Moradores de Santos resgatam idoso que caiu em canal durante forte temporal
Procurado da Justiça é preso em Cubatão após ostentar armas nas redes sociais
Sobrevivente de incêndio em Guarujá, criança de dois anos sai da UTI
Cresce número de veículos blindados no Brasil
Temporal causa transtornos em cidades da Baixada Santista