Disputa

Adversários criam fake news sobre contrato do Corinthians com RF

Grupo RF comprovou excelência nos serviços, e reajustes seguiram a lei

Análise revela que polêmicas no Corinthians podem ser mais políticas do que administrativas. - Imagem: Divulgação / Jose Manoel Idalgo/Corinthians
Análise revela que polêmicas no Corinthians podem ser mais políticas do que administrativas. - Imagem: Divulgação / Jose Manoel Idalgo/Corinthians

Jair Viana Publicado em 22/06/2025, às 09h20


A gestão de Augusto Melo, presidente licenciado do Corinthians, tornou-se alvo de críticas que, à luz dos documentos disponíveis, revelam um cenário marcado mais por disputas internas do que por irregularidades administrativas concretas. O foco das polêmicas tem sido os aditivos contratuais assinados com o Grupo RF, responsável pelos serviços de segurança e limpeza do clube. No entanto, os fatos apontam que a crise ganhou contornos midiáticos alimentados pelo clima de instabilidade política que domina o Parque São Jorge.

De acordo com informações fornecidas pelo próprio Grupo RF, os aditivos firmados em maio de 2025 tiveram como principal motivação os reajustes necessários após o dissídio coletivo das categorias envolvidas (SESVESP e SIEMACO). O aumento de 8% nos valores dos contratos buscou garantir a continuidade dos serviços com o padrão de qualidade reconhecido por torcedores e pela imprensa esportiva. A Neo Química Arena, por exemplo, figura entre as arenas mais bem avaliadas do país no quesito limpeza, segundo estudos independentes.

A tese de que os contratos foram celebrados de forma sigilosa não se sustenta diante das evidências. O Grupo RF apresentou e-mails trocados com setores internos do clube que demonstram que o Corinthians foi informado sobre as alterações e confirmou o início dos pagamentos ajustados a partir de junho de 2025. A ausência da assinatura do departamento jurídico nos documentos físicos não configura ilegalidade nem invalida os aditivos.

Outro ponto polêmico, as multas rescisórias previstas nos aditivos, são práticas comuns em contratos dessa natureza, funcionando como proteção ao clube contra encerramentos arbitrários que poderiam gerar custos ainda maiores. A decisão da diretoria interina de rescindir os contratos, sem embasamento técnico claro ou análise de custo-benefício, levanta dúvidas sobre possíveis motivações políticas por trás das medidas.

Em relação às 129 notas fiscais canceladas, somando cerca de R$ 6 milhões, o Grupo RF esclareceu que os cancelamentos ocorreram por motivos formais: foi necessária a reemissão dos documentos com os valores atualizados após os dissídios e ajustes solicitados pelo próprio clube. Não há indícios de fraude ou superfaturamento.

No fundo, o que se observa é uma tentativa de transformar atos legítimos de gestão em escândalos. Os contratos foram assinados por Augusto Melo dentro das atribuições do cargo, sem irregularidades comprovadas. A crise que se instala, alimentada por vazamentos seletivos e quebra de sigilo contratual, apenas fragiliza ainda mais o ambiente institucional do Corinthians, com reflexos para atletas, funcionários e a própria torcida.

Nesse cenário, uma pergunta crucial continua sem resposta: por que as contas de 2023, referentes à gestão anterior, ainda não foram divulgadas? A forma seletiva como os documentos são revelados evidencia uma intenção de minar a imagem da gestão Augusto Melo, enquanto outras questões mais delicadas permanecem sem explicação.