Atenção

Alerta do Banco Central sobre golpes relacionados a valores esquecidos

Golpistas aproveitam fim do prazo para resgate de valores esquecidos e oferecem serviços falsos

Alerta do Banco Central sobre golpes relacionados a valores esquecidos - Imagem: Reprodução/ Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Alerta do Banco Central sobre golpes relacionados a valores esquecidos - Imagem: Reprodução/ Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Maria Clara Campanini Publicado em 17/10/2024, às 14h35


O Banco Central do Brasil emitiu um alerta contundente sobre o aumento de fraudes relacionadas à consulta e ao saque de valores esquecidos em instituições financeiras. A autoridade monetária destacou que apenas o site oficial, é confiável para esse tipo de operação.

Na última quarta-feira, dia 16, encerrou-se o prazo para a retirada desses valores. O Banco Central alertou que indivíduos que perderam esse prazo podem ser alvo fácil de golpistas que prometem facilitar o resgate fora do período estipulado, muitas vezes solicitando pagamentos antecipados. O texto conta com informações da Agência Brasil.

Em uma investigação nas redes sociais e aplicativos de mensagens, o BC identificou numerosos anúncios fraudulentos direcionando usuários a plataformas não oficiais. A instituição reforçou que sites com nomes como "consulta brasil" ou "receba seu dinheiro" são falsos, reiterando que todos os serviços prestados pelo Banco Central são isentos de cobrança.

O BC também esclareceu que não envia links nem faz contato direto para tratar sobre valores a receber ou para solicitar informações pessoais. A única comunicação legítima virá das instituições listadas no Sistema de Valores a Receber, que jamais solicitarão senhas dos usuários. Mensagens suspeitas enviadas por e-mail, SMS ou aplicativos como WhatsApp e Telegram devem ser ignoradas.

No contexto dos valores esquecidos, estima-se que 42 milhões de pessoas físicas e 3,6 milhões de empresas possuam quantias não reclamadas no sistema financeiro. Até agosto, aproximadamente R$ 8,6 bilhões permaneciam inativos, sendo R$ 6,62 bilhões referentes a indivíduos e R$ 1,97 bilhão a empresas.

Os fundos não retirados serão transferidos para a conta única do Tesouro Nacional. Essa medida visa atender à legislação aprovada pelo Congresso em setembro, que prorroga a desoneração da folha de pagamento para determinados setores econômicos e municípios, contribuindo com os R$ 55 bilhões necessários para financiar essa extensão.