Muitas dessas espécies cruzam várias fronteiras durante suas migrações, tornando indispensável a colaboração entre nações
Alanis Ribeiro Publicado em 07/11/2024, às 10h57
A Lista Vermelha da IUCN reclassificou 16 espécies de aveslimícolas migratórias para categorias de maior risco, sendo nove delas, como vulneráveis e as demais quase ameaçadas . Destas, 11 espécies visitam regularmente o Brasil, com nove passando por São Paulo.
A BirdLife International, responsável pela divulgação dos dados, destacou um declínio significativo nas populações dessas aves em nível global. Esse cenário evidencia problemas críticos nas áreas de trânsito dessas espécies e sublinha a necessidade urgente de cooperação internacional para mitigar tais impactos.
Entre as aves agora consideradas vulneráveis estão o Batuiruçu-de-axila-preta (Pluvialis squatarola), comum no litoral brasileiro, e o Maçarico-marmóreo (Limosa fedoa), avistado no nordeste do país. Já na categoria Quase Ameaçada, encontra-se o Borrelho-de-dupla-coleira (Charadrius vociferus), que migra entre o Canadá e o Chile.
Especialistas, como o Dr. Ian Burfield da BirdLife International, ressaltam que embora muitas dessas aves ainda sejam encontradas ao longo de suas rotas migratórias, dados de monitoramento indicam uma queda populacional significativa em algumas espécies. Em certos casos, essa redução excede um terço das populações nas últimas décadas, com taxas de declínio acelerando, exigindo pesquisas urgentes para identificar causas e desenvolver ações conservacionistas coordenadas.
Dr. Barend Van Gemerden alerta que a deterioração das rotas migratórias afeta não apenas as aves mas também milhões de pessoas que dependem dos habitats preservados. Bruno Lima, do Projeto "Aves Limícolas", enfatiza a necessidade de eliminar riscos como perda de habitat e distúrbios em áreas costeiras para restaurar as populações dessas aves.
Karina Avila, representante da Wader Quest Brasil, também destaca a urgência de um esforço conjunto internacional para reverter esse quadro preocupante. Ela reforça que muitas dessas espécies cruzam várias fronteiras durante suas migrações, tornando indispensável a colaboração entre nações.
A Lista Vermelha da IUCN é um instrumento crucial para identificar espécies em risco e orientar políticas conservacionistas globais. Ela classifica as espécies em categorias que variam desde "Pouco Preocupantes" até "Extinto", orientando esforços e recursos na conservação da biodiversidade mundial.
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