Nova estação, com capacidade de 20 m³/s, promete reduzir alagamentos em uma área de 2km² na Zona Noroeste
Gabriel Nubile Publicado em 20/10/2025, às 11h41
A luta contra as enchentes na Zona Noroeste de Santos ganhou um reforço significativo com a assinatura de um contrato milionário. O acordo, no valor de R$ 153,3 milhões, garante a construção da Estação Elevatória com Comportas 6, uma peça fundamental no plano de drenagem da cidade, que será instalada no bairro Saboó.
A obra, que será executada pela empresa Terracom Construções, tem previsão para começar ainda este ano. O prazo total para a conclusão, incluindo um período de operação assistida, é de 42 meses. Este projeto faz parte de um ambicioso plano de longo prazo da prefeitura, que prevê a instalação de 14 estações semelhantes em diversos bairros da Zona Noroeste para combater os alagamentos históricos da região.
O financiamento para a EEC6, assim como para outras três estações (EEC4 no Rádio Clube, EEC9 no Chico de Paula e EEC2 em Santa Maria/Bom Retiro), já está assegurado. Os recursos vêm de um empréstimo de US$ 105 milhões obtido junto ao CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe), dentro do programa Santos Mais.
Potência contra as cheias
A nova estação do Saboó promete ser potente. Projetada para beneficiar uma área de 2km², a EEC6 contará com oito conjuntos de bombas verticais movidas a diesel. A capacidade total de bombeamento será de 20 metros cúbicos por segundo, o que significa que ela terá força suficiente para esvaziar uma piscina olímpica em apenas dois minutos, direcionando a água da chuva para o local correto e evitando que ela invada as ruas e casas.
Essa obra no Saboó acontecerá ao mesmo tempo, em que outro projeto importante de drenagem na área: a canalização do Rio Lenheiros. Essa intervenção é uma parceria com a empresa MRS Logística, que deve investir cerca de R$ 100 milhões, com apoio do Governo Federal.
Um plano complexo e de longo prazo
Construir todo o sistema de 14 estações elevatórias é um desafio enorme. A prefeitura ainda busca fontes de financiamento para as demais unidades. Além da questão financeira, a logística é complexa, pois algumas estações dependem de outras para funcionar corretamente.
Outro ponto delicado é a necessidade de desapropriações. Várias das futuras estações estão planejadas para áreas que hoje são ocupadas por moradias irregulares. Nesses casos, as famílias precisarão ser realocadas para novos conjuntos habitacionais antes que as obras possam começar, integrando o projeto de drenagem às políticas de habitação da cidade. O prefeito Rogério Santos ressalta que todas essas ações fazem parte de um grande projeto de urbanização da Zona Noroeste, focado em melhorar a qualidade de vida dos moradores.
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