Após alerta de microalgas tóxicas o Estado proibiu a comercialização de ostras provenientes de Peruíbe, Cananeia, Itanhaém e Praia Grande
Maria Clara Campanini Publicado em 14/08/2024, às 13h58
A venda de moluscos bivalves, como mariscos, mexilhões e ostras vindos do Litoral de SP das cidades de Peruíbe, Cananeia, Itanhaém e Praia Grande foi proibida. Isso se deve a Maré Vermelha, que trouxe em sua água a presença de uma microalga tóxica chamada de Dinophysis Acuminata. A ordem vale também para os estoques feitos a partir do dia 30 de julho.
Logo após recomendar a suspensão do consumo, o Governo do Estado, publicou no Diário Oficial a proibição do comércio de moluscos. Isso foi depois de técnicos do governo detectarem altas concentrações potencialmente tóxicas das microalgas.
De acordo com a nota técnica, foi coletado amostras nas praias dos municípios entre os dias 28 de julho e 5 de agosto. A concentração era maior do que a permitida nas seguintes praias: Guaraú, em Peruíbe; Balneário Gaivotas, em Itanhaém; Canto do Forte, em Praia Grande; e Itapitangui, em Cananeia.
Segundo o Governo, está microalga pode produzir um toxina diarreica, que se acumula em organismos marinhos filtradores, como mexilhões e ostras, o que pode causar intoxicação alimentar aos consumidores.
Segundo o Diário Oficial, a Vigilância Sanitária estadual e municipais deve interditar o comércio que encontrar estoques de moluscos bivalves originários das praias de Peruíbe, Praia Grande, Itanhaém e Cananeia.
Não cumprir o acordo pode resultar em:
Advertência;
Prestação de serviços à comunidade;
Apreensão;
Interdição;
Inutilização;
Suspensão de venda ou fabricação;
Cancelamento de licença;
Proibição de propaganda;
Intervenção de estabelecimento de prestação de serviços de saúde;
Multa.
A liberação só vai ser depois que passar a fase de Alerta 2 do Plano de Contingência. Que só pode ser revertido pelo órgão responsável pela agricultura no estado.
Maré vermelha
Para o g1, o biólogo Eric Comin disse que a maré vermelha é um fenômeno natural que causa machas de coloração no mar, geralmente de tom avermelhado ou alaranjado.
"Essas manchas são causadas pelo crescimento excessivo de algas, que são microscópicas, presentes no plâncton marinho, processo chamado floração".
De acordo com o biólogo, a floração é caracterizada pelo crescimento e algumas espécies de ambientes aquáticos, o que forma mancha com coloração variada.
O fenômeno também muda as condições ambientais, pois diminuiu o oxigênio da água, o que pode levar a morte de peixes, e representa riscos à saúde humana e ameaça a balneabilidade (qualidade das águas usada nas recreações de moluscos).
De acordo com o Comin, o acúmulo de algas pode ser nocivo à saúde humana e a espécie marinha que se alimenta de fitoplâncton. Que podem morrer contaminados.
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