Investigação começou após sequestro de caminhoneiro e levou à descoberta de uma oficina especializada em veículos roubados

Gabriel Nubile Publicado em 23/10/2025, às 09h49
Uma operação da Polícia Civil em São Vicente, na última terça-feira (21), desvendou o que seria um ponto usado por criminosos para modificar veículos que seriam utilizados em roubos de carga. No local, dois homens foram presos em flagrante, mas acabaram sendo liberados pela Justiça após pagarem fiança.
A investigação que levou os policiais até um imóvel no bairro Catiapoã começou no final de setembro. Naquela época, um caminhoneiro que transportava 40 toneladas de fertilizantes foi sequestrado após ser abordado em Santos. Ele foi mantido refém por um dia e depois solto em Cubatão. O caminhão que ele dirigia foi achado abandonado na mesma cidade, mas a carreta com a carga só foi encontrada dias depois, já descarregada, em Campinas.
A partir desse crime, os investigadores da Delegacia de Cubatão começaram a juntar as peças e identificaram um carro e um caminhão que teriam sido usados pela quadrilha para levar a carga roubada em direção à capital. O rastreamento desses veículos levou a polícia até o endereço em São Vicente.
Oficina do crime
Com mandados de busca e apreensão em mãos, os agentes foram até o imóvel no Catiapoã na terça-feira. Lá, encontraram os dois suspeitos e confirmaram as suspeitas. O caminhão usado no transporte da carga de fertilizantes roubada estava no local. Além dele, os policiais acharam outra carreta com o chassi adulterado, diversas peças de caminhões, ferramentas variadas e até uma máquina de solda. Dois celulares também foram apreendidos.
Para a Polícia Civil, ficou claro que o lugar funcionava como uma "oficina do crime", especializada em modificar e "esquentar" veículos pesados, provavelmente para serem usados em novos assaltos a cargas na região.
Os dois homens encontrados no local foram presos em flagrante. Eles vão responder pelos crimes de receptação qualificada (receber ou esconder produto de crime, sabendo da origem ilícita, em atividade comercial), adulteração de sinal identificador de veículo e associação criminosa.
Apesar da prisão, a Justiça decidiu, em audiência de custódia realizada na quarta-feira (22), conceder liberdade provisória aos dois. Cada um teve que pagar uma fiança de R$ 3 mil. Além disso, eles terão que cumprir algumas regras, como se apresentar ao juiz a cada dois meses e não poderão sair da cidade ou mudar de endereço sem autorização judicial.
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