O esquema usa SMS e ligações falsas para manipular vítimas e realizar transferências milionárias
Maria Clara Campanini Publicado em 30/10/2024, às 13h34
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início, nesta quarta-feira (30), à Operação Contra Golpe, que visa desmantelar uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras, principalmente contra idosos. A operação se desenrolou em várias cidades da Baixada Santista, com mandados de busca e apreensão, culminando na prisão de um dos suspeitos em São Vicente.
Sob a coordenação da 12ª Delegacia de Polícia (Copacabana), agentes atuam em campo para localizar os envolvidos nos estados de São Paulo, Ceará e Pará. Conforme as investigações indicam, o grupo criminoso teria movimentado aproximadamente R$ 6 milhões no último ano através de práticas típicas de lavagem de dinheiro, incluindo depósitos fracionados e dispersão dos valores em diversas contas ligadas à quadrilha.
Um caso emblemático envolve um idoso de 75 anos que sofreu um prejuízo de R$ 1,17 milhão. A fraude começou com uma mensagem SMS prometendo desconto na fatura do cartão de crédito. Ao clicar no link, o idoso permitiu que os criminosos realizassem quatro transferências bancárias, totalizando cerca de R$ 130 mil. Posteriormente, por meio de ligações telefônicas, os golpistas se passaram por seu gerente bancário. Utilizando técnicas de engenharia social, convenceram a vítima a transferir mais dinheiro sob o pretexto de que seria necessário para a localização e prisão dos estelionatários pela Polícia Federal.
Após um minucioso processo investigativo que contou com o apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), oito indivíduos foram indiciados por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A Justiça determinou a prisão preventiva dos acusados e o bloqueio das contas bancárias utilizadas no esquema fraudulento.
A rede criminosa operava em vários estados brasileiros, incluindo Rio de Janeiro, Amazonas, Amapá, São Paulo, Distrito Federal, Ceará, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Paraíba, Tocantins, Piauí e Pernambuco. O uso extensivo de múltiplas contas bancárias para ocultar os recursos ilícitos chamou a atenção das autoridades. Estima-se que pelo menos outras 30 pessoas estejam envolvidas nessa organização criminosa considerada uma das maiores em atividade no Brasil. Um dos suspeitos chegou a abrir mais de 40 contas bancárias.
Até o momento, duas prisões foram efetuadas: uma no Ceará e outra em São Vicente. Na região da Baixada Santista, cidades como Santos, Guarujá e Itanhaém também foram alvo das ações policiais.
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