Ex-atleta paralímpica sofre grave problema de saúde e aguarda vaga na UTI; "Parece que selecionam quem vão salvar", diz

A ex-atleta paralímpica de bocha adaptada Marleci Fernandes, de 67 anos, enfrenta um grave problema de saúde; as obstruções severas de 95% nas artérias coronárias, responsáveis pela irrigação sanguínea do coração. Após sofrer um infarto, Marleci foi submetida a procedimentos médicos críticos, incluindo intubação e coma induzido.

A trajetória de Marleci no esporte inclui a representação de Santos em competições regionais e nacionais. Entretanto, a ex-paratleta viu-se obrigada a abandonar as atividades esportivas após ser diagnosticada com poliomielite e enfrentar problemas cardíacos graves. Em junho deste ano, ela sofreu seu primeiro infarto, que revelou obstruções de 80% em suas artérias. Na ocasião, foi aconselhada a seguir um tratamento clínico em casa devido aos riscos cirúrgicos.

O agravamento da condição ocorreu no dia 30 de outubro, quando Marleci sofreu um novo infarto. Internada no Complexo Hospitalar da Zona Noroeste, sua situação exige uma transferência urgente para uma unidade hospitalar especializada que ainda não foi concretizada, segundo sua família. A nora da paciente, Isa Carla, expressou indignação com o sistema de saúde: "Parece que selecionam quem vão salvar", desabafou.

Que mistérios guardam as paredes do nº 77 da Rua da Quitanda?

Madrugada de alerta: carreta pega fogo e trava Rodovia Imigrantes em Cubatão

Em resposta à situação, a Prefeitura de Santos afirmou que aguarda liberação de vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por parte dos hospitais locais. A Secretaria de Saúde informou que medidas foram tomadas para garantir atendimento especializado à paciente através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Do ponto de vista médico

O cardiologista Philipe Saccab explica que condições como diabetes e hipertensão aumentam o risco de aterosclerose — acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos — que pode exigir intervenções como angioplastia ou cirurgia. Ele enfatiza que essas doenças são progressivas e requerem controle contínuo.

As práticas recomendadas para prevenir infartos incluem uma dieta com baixo teor de sal, controle do diabetes, manutenção do peso ideal, prática regular de exercícios físicos e abstinência do tabaco.