INVESTIGAÇÃO

General é apontado como principal articulador de plano golpista para desestabilizar governo

Prisão foi realizada pela Polícia Federal que abriu uma investigação para apurar os fatos

Prisão foi realizada pela Polícia Federal que abriu uma investigação para apurar os fatos - Imagem: Reprodução/ Fernando Frazão/Agência Brasil
Prisão foi realizada pela Polícia Federal que abriu uma investigação para apurar os fatos - Imagem: Reprodução/ Fernando Frazão/Agência Brasil

Alanis Ribeiro Publicado em 15/12/2024, às 19h02


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no sábado (14), manter a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa. A audiência de custódia que determinou a continuidade de sua detenção foi conduzida por um juiz auxiliar ligado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Braga Netto permanecerá detido nas instalações do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro.

A prisão do general foi realizada pela Polícia Federal, que o acusa de obstruir investigações relacionadas a uma tentativa de golpe de Estado, com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

De acordo com as autoridades, Braga Netto é apontado como um dos principais articuladores desse plano golpista. As investigações revelaram que ele tentou acessar informações sigilosas da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O objetivo, segundo a decisão do ministro Moraes, era "impedir ou dificultar as investigações em andamento". 

Um relatório da Polícia Federal afirma que há "diversos elementos de prova" que ligam Braga Netto à tentativa de obstruir a elucidação dos fatos relacionados ao caso. As evidências indicam que o general buscava controlar as informações fornecidas e manipular a realidade dos fatos apurados, com o objetivo de alinhar as versões entre os investigados. 

Entre as provas coletadas pela Polícia Federal estão trocas de mensagens entre o general e o pai de Mauro Cid, onde foram feitas tentativas de obter detalhes da delação. Além disso, foi mencionado o repasse de dinheiro disfarçado em uma sacola de vinho, que supostamente seria usado para financiar as despesas necessárias à execução do plano golpista.