Greve dos professores em São Vicente deve continuar nesta semana

Servidores da educação de São Vicente estão em greve há uma semana; manifestações ocorrem pelas ruas da cidade - Imagem: Reprodução | Redes Sociais SINTRAMEM

Lívia Gennari Publicado em 13/04/2025, às 16h16

A greve dos professores da rede municipal de São Vicente, iniciada em 3 de abril, continua por tempo indeterminado após a rejeição da proposta apresentada pela prefeitura, que incluía um reajuste salarial de 3,5%, equivalente a um aumento de R$ 0,80 por hora-aula. Além disso, foi oferecido um acréscimo de R$ 100 no auxílio-educação, totalizando R$ 350.

Entretanto, em assembleia realizada na última quinta-feira (10), os docentes decidiram manter a paralisação após julgarem como insuficiente a proposta da gestão municipal insuficiente.

Entre as reivindicações da categoria estão a correção inflacionária de 4,82%, a implementação de um plano de recuperação salarial de 13,07%, além do reajuste na cesta básica — de R$ 400 para R$ 805,84 — e no auxílio-educação, que passaria de R$ 250 para R$ 700.

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O prefeito Kayo Amado justificou a proposta com base nas limitações orçamentárias do município, afirmando que havia um orçamento de R$ 20 milhões destinado ao reajuste dos servidores. Ele destacou os esforços da administração para resolver problemas históricos da cidade, mesmo diante de restrições financeiras.

A greve tem impactado o funcionamento das escolas municipais, com aulas suspensas e manifestações organizadas pelos professores. A categoria também denuncia más condições de trabalho, incluindo salas de aula sem climatização adequada, o que tem afetado a saúde de alunos e profissionais.

Em meio a greve que já dura uma semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou que apenas parte dos servidores públicos de São Vicente pode aderir à greve, estabelecendo limites de 20% de adesão para a saúde e 30% para a educação eA demais setores.

Uma nova audiência de conciliação foi maracda pela Justiça do Trabalho para a próxima terça-feira (15). O SindServ-SV afirma que continuará mobilizado até que suas demandas sejam atendidas.