Guardas encontram idoso amordaçado em mata de Cubatão após pedido de socorro

O som fraco de pedidos de ajuda, quase um sussurro, chamou a atenção de guardas municipais que patrulhavam uma área de mata em Cubatão. Ao investigarem a origem dos chamados, os agentes fizeram uma descoberta chocante: um idoso de 65 anos estava caído no chão, amordaçado e com os braços e pernas amarrados.

A equipe da Guarda Civil Municipal fazia uma ronda pela Avenida Tiradentes, no bairro Jardim Costa e Silva, na tarde da última quinta-feira (23), quando ouviu os pedidos de socorro vindos de dentro da mata. Os guardas entraram na vegetação e encontraram o homem visivelmente fraco e com sinais de exaustão, impossibilitado de se mover ou gritar mais alto.

Imediatamente, os agentes acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi até o local de difícil acesso para prestar os primeiros socorros. A vítima foi desamarrada e recebeu atendimento ali mesmo, na mata.

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Memória Fragmentada

Ainda muito debilitado, o idoso conseguiu dar algumas informações sobre o que havia acontecido. Ele disse aos guardas que se lembrava somente de ter sido amarrado no bairro Vila Esperança, que fica em outra área da cidade, na noite anterior (quarta-feira, 22). Depois disso, ele teria sido abandonado amarrado no meio do mato onde foi encontrado.

Apesar do tempo passado amarrado e das condições em que foi achado, o homem não apresentava ferimentos graves, somente algumas marcas leves no corpo, causadas pelas cordas que o prendiam. Após o atendimento inicial do Samu, ele foi levado para o Pronto-Socorro Central de Cubatão para uma avaliação médica mais completa.

Após receber os cuidados médicos, o idoso foi conduzido ao 1º Distrito Policial da cidade para registrar a ocorrência. A Polícia Civil agora deve investigar o caso como sequestro e cárcere privado, tentando descobrir quem foram os autores do crime e qual a motivação para terem amarrado e abandonado o idoso na mata. Curiosamente, apesar da prefeitura ter confirmado o encaminhamento para a delegacia, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou não ter localizado o registro do caso em seus sistemas.