Um dos envolvidos foi preso com uma arma em mãos; os outros conseguiram fugir
Alanis Ribeiro Publicado em 18/11/2024, às 09h07
O motorista de aplicativo Eneas Santos Dias, de 42 anos, foi sequestrado e teve o veículo roubado durante uma corrida no dia 5 de setembro. No entando, dez dias depois a plataforma Uber realizou o banimento do condutor.
Durante a madrugada, Eneas aceitou uma solicitação que inicialmente parecia legítima, mas, ao chegar ao ponto de encontro no bairro Guaratuba, se deparou com um homem em vez da mulher que constava no aplicativo.
O motorista não desconfiou de imediato, pois é comum passageiros solicitarem corridas para terceiros. No entanto, ele notou uma alteração repentina no destino da corrida, que passou de São Paulo para Praia Grande, o que lhe causou estranheza. Ao confrontar o passageiro sobre a mudança, Eneas teve uma arma apontada para sua cabeça.
Ameçado, ele foi forçado a dirigir até um local onde dois outros homens aguardavam. Os três criminosos levaram Eneas a uma área isolada em Boracéia, onde ele foi amarrado a uma árvore e teve seus pertences roubados, incluindo o carro. Apesar do susto e das ameaças à sua vida, Eneas conseguiu se libertar e buscar ajuda em um posto da Guarda Civil Municipal.
A Polícia Militar localizou o veículo através do sistema de radares. Durante a perseguição que se seguiu na Rodovia Ayrton Senna, em Guarulhos, os assaltantes colidiram com um caminhão. Um dos envolvidos foi preso com uma arma em mãos; os outros conseguiram fugir.
Após relatar o ocorrido à plataforma Uber e alugar outro veículo para continuar trabalhando, Eneas foi surpreendido pela desativação de sua conta no aplicativo, sem explicações claras. Em nota oficial à TV Tribuna, a empresa esclareceu que a decisão foi motivada por uma violação do Código da Comunidade e não estava relacionada ao sequestro. A Uber ainda destacou ter oferecido suporte às investigações policiais e disponibilizado um seguro para despesas médicas decorrentes do incidente.
Sem meios para se sustentar adequadamente após o bloqueio na plataforma, Eneas acionou advogados e planeja buscar reparação judicial pelos danos materiais e morais sofridos.
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