Violência

MP-SP denuncia jovem por ataque brutal ao avô e solicita avaliação psiquiátrica

Tribunal do Júri e exame de sanidade mental são requeridos para Hariel Borges da Silva, acusado de agressão violenta contra o avô em Santos

MP-SP denuncia jovem por ataque brutal ao avô e solicita avaliação psiquiátrica - Imagem: Divulgação/ Polícia CivilT
MP-SP denuncia jovem por ataque brutal ao avô e solicita avaliação psiquiátrica - Imagem: Divulgação/ Polícia CivilT

Maria Clara Campanini Publicado em 06/10/2024, às 14h32


O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) apresentou uma denúncia formal contra Hariel Borges da Silva, um jovem de 18 anos acusado de perpetrar um violento ataque contra seu avô, Oswaldi da Silva, de 77 anos, na cidade de Santos, litoral paulista. O incidente, que ocorreu em 24 de julho no bairro Aparecida, resultou na prisão do neto após intervenção policial.

A promotoria solicita à Justiça a manutenção da prisão preventiva do acusado e requer seu julgamento pelo Tribunal do Júri. Além disso, o MP-SP propôs a instauração de um "incidente de insanidade mental" para avaliar a saúde mental do jovem, considerando relatos que indicam sinais de perturbação nos dias anteriores ao ocorrido.

Durante o episódio violento, Hariel agrediu seu avô usando um notebook e tentou utilizar uma faca, que acabou sendo descartada pela janela. A vítima foi encontrada com o rosto desfigurado e sem um dos olhos. Apesar dos ferimentos graves, Oswaldi da Silva não corre risco de morte e já recebeu alta após ser internado por mais de dez dias.

O caso ganhou contornos complexos com informações fornecidas por familiares e autoridades policiais. De acordo com a delegada Liliane Lopes Doretto, titular do 3º Distrito Policial de Santos, divergências pessoais entre o neto e o avô precederam a agressão. O idoso desaprovava o uso de maconha pelo neto e isso teria gerado tensões entre ambos. No dia do ataque, Hariel alegou ter agido sob efeito da droga e declarou ter ouvido vozes.

A polícia encontrou sinais de luta no apartamento e apreendeu diversos itens relacionados ao consumo de tabaco, mas não localizou maconha no local. Após a prisão, Hariel passou por avaliação psiquiátrica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Leste.

O MP-SP também solicitou a obtenção dos prontuários médicos do idoso para complementar as investigações. Até o momento, a defesa de Hariel Borges não se manifestou publicamente sobre as acusações. O caso segue sob análise judicial, enquanto a comunidade local aguarda desdobramentos sobre essa trágica situação familiar.