Mamadeira com pinga foi apreendida pela Polícia Militar
Marina Milani Publicado em 14/12/2024, às 09h16
Em uma situação chocante, uma mulher de 38 anos foi presa após tentar vender o próprio filho, de apenas um ano, por R$ 1,2 mil na praia do bairro Ocian, em Praia Grande, no litoral paulista. A mãe carregava uma bolsa com fraldas e uma mamadeira contendo pinga, e o menino, ao ser resgatado, apresentava sinais de maus-tratos, desidratação e insolação. O caso gerou grande repercussão e levantou questões sobre a proteção da infância e a vulnerabilidade das famílias em situações de risco.
O episódio aconteceu no final da tarde de 18 de novembro, quando turistas presenciaram a mulher oferecendo o filho para venda e imediatamente chamaram a Polícia Militar. A advogada Glauce Abdalla, que estava na praia com a família, foi uma das testemunhas do ocorrido. Ela relata que, ao se aproximar, foi informada por outras mulheres que a mãe estava oferecendo o menino em troca de dinheiro. A mulher teria dito: “Estou vendendo, por 1.200 reais”. Glauce, presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB de Araras, auxiliou a polícia na abordagem e na prisão da mãe.
“Foi um caso muito marcante para mim, um reflexo de uma situação de extrema vulnerabilidade. Precisávamos garantir que a criança fosse acolhida e que a mãe recebesse o devido apoio, se possível”, contou a advogada.
O menino foi levado ao Pronto-Socorro Central de Praia Grande, onde um médico constatou sinais de desidratação e insolação, mas não encontrou indícios de que ele tivesse ingerido bebida alcoólica. A mamadeira com pinga foi apreendida pela polícia, e um exame toxicológico foi solicitado, mas o resultado ainda não foi divulgado.
De acordo com o boletim de ocorrência, a criança estava visivelmente suja de areia, o que indicava abandono e negligência. Apesar de não ter sido confirmada a ingestão de álcool, a situação já era grave o suficiente para que o menino fosse entregue ao Conselho Tutelar e levado para um abrigo, sob os cuidados de assistentes sociais.
A mãe foi encontrada sozinha com o menino, recolhendo latas de alumínio e aparentemente em estado de embriaguez. Ao perceber a chegada dos policiais, ela reagiu agressivamente, ofendeu os agentes e admitiu ter usado entorpecentes. Mesmo com a resistência, a polícia conseguiu prender a mulher, que foi levada à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande. O caso foi registrado como maus-tratos e resistência.
No entanto, após a audiência de custódia realizada no dia 19 de novembro, a mulher foi liberada sob medidas protetivas. Ela agora está proibida de se aproximar do filho a uma distância inferior a 300 metros e de manter qualquer tipo de contato com ele.
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