Estudo revela possível submersão de parte do território da cidade até o fim do século
Marina Milani Publicado em 31/03/2024, às 10h38
Desde tempos remotos, as gerações mais antigas compartilham suas visões do futuro, muitas vezes permeadas por uma sabedoria intuitiva. Entre elas, ecoam as palavras proféticas de que "um dia o mar vai invadir Santos". Essas previsões, outrora vistas como meras conjecturas, hoje ganham contornos de realidade com o avanço das mudanças climáticas.
Um estudo recente divulgado pela plataforma Human Climate Horizons, resultado de uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Laboratório de Impacto Climático (CIL), revelou que Santos figura entre as dez cidades que correm o risco de ter 5% ou mais de seu território permanentemente submerso até o final do século.
O ano de 2024 já se mostra marcado por uma série de eventos climáticos extremos. Com quatro ondas de calor registradas nos primeiros meses do ano e o ano anterior sendo considerado o mais quente da história, os impactos das mudanças climáticas são cada vez mais evidentes. O excesso de calor e as chuvas torrenciais têm ceifado vidas e causado prejuízos por todo o país, deixando um rastro de destruição e desespero.
A alteração drástica nas estações do ano é notável, com semanas de primavera seguidas por finais de outono e meses de inverno intercalados com verões abrasadores. O clima instável afeta não apenas o bem-estar humano, mas também a biodiversidade e a agricultura, contribuindo para o aumento dos casos de doenças como a dengue.
Apesar do Brasil ser detentor de vastas áreas naturais, como a Amazônia, o país continua a enfrentar desafios significativos no que diz respeito à preservação ambiental. O desmatamento e a exploração desenfreada dos recursos naturais persistem, enquanto as políticas ambientais frequentemente são negligenciadas em favor do lucro imediato.
Em resposta a esses desafios, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou o Pacto Global, uma iniciativa ambiciosa composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), com o objetivo de serem alcançados até 2030. No entanto, apesar desses esforços, as ações concretas para combater as mudanças climáticas muitas vezes se mostram insuficientes diante da magnitude do problema.
As previsões do passado agora ecoam como um aviso sombrio do que está por vir. À medida que olhamos para o futuro, é imperativo que nos unamos em prol de políticas públicas eficazes e ações concretas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
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