REPRESENTATIVIDADE

Santos tem mais de 100 mulheres no Exército e este número pode dobrar; entenda

Cidade mais feminina do Brasil segundo o IBGE

Santos tem 108 militares femininas no Exército Brasileiro - Imagem: Reprodução/Agência Verde-Oliva/Exército Brasileiro
Santos tem 108 militares femininas no Exército Brasileiro - Imagem: Reprodução/Agência Verde-Oliva/Exército Brasileiro

Alanis Ribeiro Publicado em 17/09/2024, às 10h10


Santos, a cidade mais feminina do Brasil, segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE), conta com 108 militares femininas no Exército Brasileiro (EB).

De acordo com o Censo Demográfico 2022, as mulheres representam 54,6% da população na cidade, com 228.881 moradoras de um total de 418.608 habitantes. A seleção levou em conta o sexo biológico do morador, ou seja, aquele que lhe foi atribuído ao nascer.

Militares femininas de Santos

De acordo com o Exército Brasileiro as militares femininas nascidas em Santos têm em média 34 anos e atuam em diversas funções, como dentista, nutricionista, médica e enfermeira.

Nos últimos cinco anos, 31 mulheres nascidas em Santos ingressaram no Exército; 29 permanecem ativas e duas estão na reserva. A primeira militar de Santos foi incorporada em 1992 como 1° Tenente e passou para a reserva na patente de Coronel em 2020.

Alistamento feminino

O Governo Federal publicou no dia 28 de agosto deste ano, um decreto autorizando o alistamento militar voluntário feminino no Brasil. Antes, o ingresso de mulheres nas Forças Armadas ocorria apenas através de concursos para cargos de nível superior.

Atualmente, as Forças Armadas têm 37 mil mulheres, representando cerca de 10% do efetivo total, sendo 13 mil no Exército. O alistamento para mulheres começará em 2025, com 1.500 vagas iniciais e a incorporação está prevista para 2026. O alistamento terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até 8 anos.

A seleção seguirá critérios físico, cultural, psicológico e moral. O processo inclui alistamento (on-line ou presencial), seleção geral e seção complementar. Mulheres poderão desistir do serviço até o ato de incorporação; após isso, o serviço será obrigatório e as alistadas estarão sujeitas às mesmas regras do serviço masculino.

As mulheres voluntárias não terão estabilidade e serão transferidas para a reserva não remunerada após o desligamento.