A taxa caiu para 6,4%, menor número desde 2013; indústria lidera recuperação
Maria Clara Campanini Publicado em 31/10/2024, às 14h53
A taxa de desocupação no Brasil registrou um novo declínio, atingindo 6,4% no trimestre encerrado em setembro de 2024. Essa marca representa uma redução de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (abril a junho de 2024), quando a taxa era de 6,9%. Comparando-se com o mesmo período de 2023, observa-se uma diminuição ainda mais significativa de 1,3 ponto percentual, já que naquela ocasião a taxa estava em 7,7%.
Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (31), essa é a segunda menor taxa registrada na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012, superada apenas pela taxa do último trimestre de 2013, que foi de 6,3%.
A população desocupada, que se refere àqueles que não estavam empregados mas procuravam trabalho, caiu para 7 milhões. Segundo o IBGE, este é o menor número desde janeiro de 2015. A redução representa um decréscimo de 7,2% em comparação ao trimestre anterior, significando menos 541 mil pessoas buscando emprego. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma diminuição de 15,8%, o que equivale a menos 1,3 milhão de pessoas. O texto conta com informações da Agência Brasil.
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, destaca que a queda na desocupação está ligada ao aumento constante na demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas.
O contingente de trabalhadores no país atingiu um recorde na PNAD Contínua ao alcançar a marca de 103 milhões. Este número representa um crescimento trimestral de 1,2%, ou seja, um incremento de mais 1,2 milhão de trabalhadores. Em termos anuais, o crescimento foi de 3,2%, adicionando mais 3,2 milhões à força de trabalho.
O crescimento na ocupação durante o trimestre foi impulsionado principalmente pelos setores da Indústria e do Comércio. Juntos, esses segmentos absorveram 709 mil trabalhadores adicionais - sendo 416 mil provenientes da Indústria e 291 mil do Comércio. O setor comercial também registrou um recorde no número total de ocupados: 19,6 milhões.
De acordo com Beringuy, a maioria dos setores mostrou estabilidade ou crescimento no número de empregados durante o terceiro trimestre. Especificamente na indústria houve um aumento nos empregos com carteira assinada. Já no comércio, embora também tenha havido aumento nas contratações formais, o crescimento foi mais acentuado nos empregos sem carteira assinada.
Na comparação anual entre os diversos setores econômicos analisados pela pesquisa do IBGE - Indústria, Construção Civil, Comércio, Transporte, Informação e Comunicação e Administração Pública - todos registraram aumento no número de ocupados. Em contraste, os setores de alojamento e alimentação e serviços domésticos mantiveram estabilidade. Apenas a agropecuária apresentou uma redução no número de empregados (4,7%).
No setor privado, os empregados somaram 53,3 milhões — um novo recorde para a série histórica da pesquisa. Houve um aumento trimestral de 2,2% e anual de 5,3%. O número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 39 milhões; já os sem carteira somaram 14,3 milhões. O emprego formal cresceu tanto no trimestre quanto no ano (1,5% e 4,3%, respectivamente), enquanto o emprego informal teve crescimento ainda maior (3,9% no trimestre e 8,1% no ano).
O setor público também alcançou um recorde histórico com seus 12,8 milhões de empregados. Esse grupo permaneceu estável no trimestre mas cresceu 4,6% ao longo do ano. O destaque dentro desse segmento vai para os servidores sem carteira assinada cuja quantidade aumentou tanto trimestralmente quanto anualmente (4,2% e 9,1%, respectivamente).
Em termos salariais para o trimestre encerrado em agosto deste ano o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi registrado em R$3.227 - valor sem alterações significativas comparado ao trimestre anterior mas com alta anualizada superior a três por cento (3%). A massa total dos rendimentos acumulou R$327 bilhões mantendo-se estável trimestralmente mas crescendo mais sete por cento anualmente (7%).
A PNAD Contínua é considerada fundamental na análise da força laboral nacional cobrindo uma amostra robusta composta por aproximadamente duzentos mil domicílios distribuídos por três mil municípios visitados trimestralmente por dois mil entrevistadores coordenados pelo IBGE através da sua ampla rede presente em mais quinhentas agências espalhadas pelo território brasileiro.
Durante a pandemia Covid-19 houve necessidade adaptativa nas metodologias aplicadas pela pesquisa incluindo coletas telefônicas iniciadas em março vinte vinte mas retomando abordagens presenciais já desde julho vinte vinte um assegurando precisão nas informações coletadas aos respondentes através conferência online direta junto Central Atendimento disponibilizada pelo instituto federal nacional.
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