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Ventania de quase 140 km/h varre a Baixada Santista e deixa rastro de destruição

Desabamento de uma tenda em Peruíbe deixou cinco feridos, enquanto outros municípios também enfrentaram danos significativos

Rajadas de vento impressionantes deixaram feridos e destruição em várias cidades da Baixada Santista no último domingo - Foto: Bruno Miani
Rajadas de vento impressionantes deixaram feridos e destruição em várias cidades da Baixada Santista no último domingo - Foto: Bruno Miani

Gabriel Nubile Publicado em 22/09/2025, às 08h35


Rajadas de vento que chegaram a impressionantes 138,9 km/h atingiram a Baixada Santista no final da tarde de domingo (21), em um temporal que deixou um rastro de destruição e feridos em várias cidades da região. A força da ventania, registrada pela Praticagem de São Paulo por volta das 18h40, foi a principal causa de quedas de árvores, cancelamento de eventos e desabamento de estruturas.

O rastro de estragos se espalhou por diferentes municípios. O caso mais grave aconteceu em Peruíbe, onde a estrutura de uma tenda de eventos na Praia do Centro não resistiu à força do vento e desabou, deixando cinco pessoas feridas, uma delas em estado grave. Em Cubatão, a prefeitura cancelou o evento Guará Fest por precaução, e o vento ainda assim danificou parte da estrutura montada. Em Santos, uma árvore caiu na movimentada Avenida dos Bancários, e em Itanhaém, outra queda foi registrada no Jardim Oásis.

Alertas foram emitidos

O temporal não chegou de surpresa. Durante todo o domingo, tanto o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) quanto a Defesa Civil do Estado já haviam emitido alertas para a população da Baixada Santista sobre o risco de uma tempestade severa, com potencial para vendaval. Os avisos previam chuvas fortes, raios e rajadas de vento, e orientavam as pessoas a buscarem locais seguros, longe de árvores e áreas abertas.

Mesmo com ventos tão fortes, o Porto de Santos, um dos locais mais sensíveis a mudanças climáticas, não precisou ter suas operações paralisadas. Segundo a autoridade portuária, isso aconteceu por sorte, pois no momento de maior intensidade da tempestade não havia nenhuma manobra de entrada ou saída de navios agendada, o que evitou um problema logístico de grandes proporções.

Vídeos gravados por moradores mostraram a dimensão da ventania, com árvores balançando violentamente e pessoas buscando abrigo para se proteger. Após a passagem do temporal, a preocupação continua com a previsão do tempo. A segunda-feira (22) ainda será de céu encoberto e com pancadas de chuva. A partir de terça-feira (23), as temperaturas devem cair, e a chuva deve persistir até, pelo menos, a quarta-feira (24), começando a diminuir apenas na quinta-feira (25).