Ação inovadora da Fundação Florestal e Semil inclui a instalação de fontes de água e alimentação para preservar espécies de animais
Maria Clara Campanini Publicado em 18/10/2024, às 11h56
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), em parceria com a Fundação Florestal, conduziu uma ação emergencial na Estação Ecológica do Jataí, localizada em Luiz Antônio, na região de Ribeirão Preto. Após um incêndio que afetou a área protegida, muitos animais selvagens se viram sem seus habitats naturais de alimentação. Em resposta, equipes se uniram para desenvolver soluções inovadoras que garantissem água e alimento para a fauna local.
Combinando criatividade e conhecimento técnico, foram instaladas oito caixas d'água em pontos estratégicos da Unidade de Conservação. Abastecidas por caminhões-pipa, essas estruturas permitem que a água goteje sobre lonas, formando pequenas bacias que servem como fontes de hidratação para os animais. "Selecionamos locais frequentemente percorridos pela fauna. Com os recursos naturais esgotados, esta assistência é vital para sua sobrevivência. Equipamentos fotográficos foram instalados nesses pontos para monitorar os animais remanescentes", relata Andréa Pires, coordenadora da Fundação Florestal. O texto conta com informações da Agência SP.
Adicionalmente, diversas frutas foram dispostas em oito locais fixos para fornecer nutrição à vida selvagem. "Baseamo-nos no comportamento observado dos animais na estação. Sabemos quais alimentos são mais bem aceitos e os preparamos de maneira a maximizar sua atratividade", explica Matheus Gonçalves, biólogo colaborador da Fundação.
A Estação Ecológica do Jataí é lar de mais de 1.700 espécies de fauna e flora, incluindo quase 800 espécies animais. Entre essas estão espécies ameaçadas como a jaguatirica, a onça-parda, o lobo-guará e o tamanduá-bandeira.
Durante o combate ao incêndio no Jataí, o Governo do Estado mobilizou sete aeronaves, mais de 50 veículos e um contingente de 150 pessoas diariamente. Atualmente, não há mais focos ativos na área.
Thiago Miranda, gestor da Estação Ecológica do Jataí, destacou que as queimadas reduziram drasticamente os recursos naturais disponíveis. "A provisão temporária de alimentos e água até a chegada das chuvas é essencial para manter os animais na região e evitar riscos associados à migração para outras áreas, como atravessar rodovias", explica. Ele também menciona que alguns alimentos introduzidos atraem predadores naturais, como no caso do tamanduá-bandeira atraído por formigas que surgem devido às frutas.
Paralelamente aos esforços na Estação Jataí, o Governo de São Paulo estruturou uma rede de atendimento para reabilitação de animais silvestres afetados por incêndios florestais. Essa rede inclui 26 unidades prontas para receber animais resgatados das chamas ou feridos em acidentes nas estradas ao tentar escapar do fogo.
Além das instalações geridas pela Semil, a rede incorpora Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) municipais e organizações do terceiro setor autorizadas pelo Estado a acolher, identificar e tratar esses animais com o objetivo final de reintegrá-los ao ambiente natural. Até agora, 102 animais foram recebidos; destes, 55 faleceram, 45 estão em tratamento contínuo e dois já retornaram à natureza.
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