Criminalidade

Aumento de policiamento diminui criminalidade na Baixada Santista

Dados mostram uma queda de 24% em assaltos na região, a menor da série histórica

Aumento de policiamento diminui criminalidade na Baixada Santista - Imagem: Divulgação/ SSP/ Governo de São Paulo
Aumento de policiamento diminui criminalidade na Baixada Santista - Imagem: Divulgação/ SSP/ Governo de São Paulo

Maria Clara Campanini Publicado em 04/10/2024, às 14h58


Nos primeiros oito meses deste ano, as regiões da Baixada Santista e do Vale do Ribeira testemunharam uma diminuição significativa nos principais indicadores de criminalidade. Dados apontam que os assaltos, incluindo roubos de carga e a banco, registraram uma queda de 24% entre janeiro e agosto, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram contabilizados pouco mais de 7 mil ocorrências desse tipo, a menor cifra desde o início da série histórica na região. Além disso, os roubos de veículos apresentaram uma redução de 10% na mesma comparação.

Especificamente no que tange aos roubos de carga e mercadorias, houve uma redução de 34%, alinhando-se à tendência de queda observada em todo o estado. A Secretaria da Segurança Pública atribui essa melhora ao aumento do policiamento ostensivo nas ruas, à ampliação das unidades policiais e ao uso de inteligência e planejamento para prender lideranças criminosas, desarticulando assim as quadrilhas locais.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou que a região tem sido uma prioridade para a gestão atual. "Aumentamos o efetivo e investimos em infraestrutura e tecnologia para potencializar a atuação das Polícias Civil e Militar. Esse esforço conjunto levou à prisão de criminosos em posições de liderança dentro das facções", explicou.

Na esfera dos crimes contra a vida, a Baixada Santista registrou o segundo menor número histórico de homicídios dolosos com 82 casos até agosto. Os latrocínios somaram sete ocorrências nesse mesmo período. As Delegacias de Defesa da Mulher relataram uma queda nos feminicídios, totalizando oito casos investigados, quatro a menos que no ano anterior. Os estupros também diminuíram 4%, totalizando 521 registros.

A cooperação entre as Polícias Civil e Militar resultou em um aumento significativo nas prisões e apreensões no litoral paulista. Luiz Carlos do Carmo, delegado e diretor do Deinter 6, destacou a importância do trabalho integrado no combate ao crime organizado. "Medidas enérgicas são essenciais para enfrentar as complexidades e redes sofisticadas do tráfico internacional de drogas ligadas ao Porto de Santos", afirmou.

Durante esse período, aproximadamente 7,8 mil infratores foram presos ou apreendidos. As apreensões de armas ilegais aumentaram quase 30%, com um total de 778 armas retiradas das ruas. Em relação às drogas, foram apreendidas 7,4 toneladas, sendo quatro delas apenas de maconha. A recuperação de veículos roubados também cresceu significativamente, com 1,6 mil recuperações até agosto deste ano.

Os esforços policiais refletiram positivamente na maioria dos 24 municípios do litoral paulista. Em Santos, por exemplo, os assaltos caíram 27,5%, alcançando a terceira menor taxa em duas décadas e meia. Praia Grande viu os roubos de veículos atingirem seu nível mais baixo em 24 anos, com uma redução de 44%. São Vicente apresentou nove homicídios dolosos entre janeiro e agosto, o menor número desde 2001.

No Guarujá, furtos e roubos de veículos atingiram seu menor índice histórico para um período de oito meses. A cidade registrou uma impressionante redução de 78% nos roubos de cargas em comparação ao ano anterior. Os assaltos gerais também caíram 35%, resultando na segunda menor marca dos últimos 24 anos.