Prefeitura de São Vicente responde a acusações de negligência hospitalar e evasão de paciente
Marina Milani Publicado em 17/07/2024, às 08h29
A mãe de um bebê que teve a clavícula esquerda fraturada durante o parto em São Vicente, no litoral de São Paulo, denunciou a falta de assistência no hospital e acabou surpreendida ao saber que a unidade de saúde havia reportado a evasão da mulher com o filho ao Conselho Tutelar por ter saído do hospital antes da alta médica.
O incidente ocorreu na Maternidade Municipal, no Hospital São José. Glória Stefani Rodrigues dos Santos, de 25 anos, relatou que durante o parto, a parte abaixo do peito de Noah Gabriel não estava saindo, forçando a obstetra a usar muita força. Desde então, o bebê não parava de chorar e não mexia o braço esquerdo.
A pediatra solicitou exames de raios X que confirmaram uma fratura na clavícula do bebê, indicando que a lesão se curaria em duas semanas sem necessidade de intervenção médica. No entanto, a mãe, angustiada pelo choro incessante do filho e pela falta de assistência, decidiu sair do hospital.
Falta de assistência
O pai do bebê, buscando orientação na Delegacia de São Vicente, foi aconselhado a procurar atendimento em outro lugar. A família então levou Noah a um ortopedista, que confirmou a fratura e imobilizou a região com uma tala.
Com a situação resolvida, a família foi ao Conselho Tutelar denunciar a falta de assistência no hospital. A madrinha do bebê, Larissa Baptista da Silva, de 23 anos, afirmou que o prontuário médico não relatava a fratura na clavícula, mas apenas que a mãe havia saído do hospital sem amamentar o bebê, que estava perdendo peso.
Glória Stefani explicou ao Conselho Tutelar sua versão dos acontecimentos e aguarda providências. Noah está se recuperando em casa e já tem um encaminhamento para acompanhamento com um ortopedista pediátrico.
Resposta da prefeitura
Em nota, a prefeitura de São Vicente informou que todos os casos de evasão de menores de idade são reportados ao Conselho Tutelar para garantir os direitos e cuidados médicos conforme o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). A Secretaria de Saúde (Sesau) se declarou à disposição para oferecer o melhor atendimento ao bebê e à família.
O contexto do parto
A prefeitura explicou que houve uma distocia no ombro durante o parto, uma complicação em que o ombro do bebê fica preso, dificultando a saída. Essa condição ocorre em 50% dos partos normais. Após a identificação da distocia, um exame de raios X confirmou a fratura na clavícula do bebê.
Entretanto, o bebê continuava a chorar e não mexia o braço esquerdo, causando grande preocupação na mãe e na madrinha. A dor impediu Glória de amamentar Noah, que começou a perder peso, razão pela qual o hospital não podia dar alta médica.
Sem receber o tratamento adequado no hospital, a família procurou atendimento em outro lugar, onde o bebê foi devidamente imobilizado, conseguindo então mamar e apresentando melhora em seu estado. Agora, o caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar e a Secretaria de Saúde.
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