Previsão do IPCA sobe para 4,5%, enquanto a Selic deve terminar o ano em 11,75%, segundo o Boletim Focus
Maria Clara Campanini Publicado em 21/10/2024, às 14h36
O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central em Brasília, apresentou uma revisão nas expectativas para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O índice, que é considerado a métrica oficial da inflação no Brasil, teve sua previsão ajustada de 4,39% para 4,5% para o ano corrente. Esse relatório semanal compila as projeções de diversas instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
Para o ano de 2025, as expectativas de inflação também sofreram um leve ajuste, passando de 3,96% para 3,99%. Já para os anos de 2026 e 2027, as previsões permanecem em 3,6% e 3,5%, respectivamente. A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2024 está em seu teto máximo permitido, que é de 4,5%, considerando o centro da meta em 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O texto conta com informações da Agência Brasil.
A partir de 2025, será implementado um sistema de metas contínuas, eliminando a necessidade do CMN estabelecer metas anuais. Nesse novo modelo, a meta central se mantém em 3%, com a mesma faixa de tolerância.
No mês de setembro, a inflação foi influenciada principalmente pelo aumento nas tarifas de energia elétrica residencial, resultando em um índice de 0,44%, após um registro de deflação de 0,02% em agosto. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulou alta de 4,42% nos últimos doze meses.
Em relação à política monetária, a taxa básica de juros (Selic), principal ferramenta utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação, foi fixada em 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Essa decisão ocorreu após um período prolongado sem aumentos na taxa. O último ajuste ocorreu em agosto de 2022 quando a Selic foi elevada para 13,75% ao ano. Desde então, houve uma série de reduções até alcançar o patamar atual. O mercado financeiro prevê que a Selic encerre o ano de 2024 em 11,75% ao ano e continue sua trajetória descendente nos anos seguintes.
O aumento na taxa básica visa frear o consumo excessivo e mitigar pressões inflacionárias ao tornar o crédito mais caro e incentivar a poupança. No entanto, esse movimento pode também restringir o crescimento econômico devido aos altos custos dos empréstimos.
Quanto ao crescimento econômico, as projeções do mercado indicam um ligeiro aumento na expectativa do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este ano: passando de 3,01% para 3,05%. No segundo trimestre deste ano, o PIB cresceu 1,4% em relação ao trimestre anterior e apresentou expansão de 3,3% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Em termos absolutos, o PIB brasileiro totalizou R$10,9 trilhões em 2023.
Por fim, no que tange ao câmbio, a previsão é que o dólar encerre este ano cotado a R$5,42. Para o final de 2025, estima-se que a moeda norte-americana se mantenha próxima desse patamar, em R$5,40.
Servidores de Praia Grande retomam greve após reajuste de 5,48% ser aprovado pela Câmara
Cunhado e irmã de Igor Peretto participam da reconstituição do crime; veja como foi
Homem é acusado de oferecer sexo oral para menino em local público
Casa de alvenaria em Vicente de Carvalho pega fogo e resultado gera problemas estruturais
TJ-SP autoriza saída temporária de 3.232 reeducandos
Santos Café: secretário Thiago Papa destaca importância do festival para o Centro Histórico
Show de Neymar e estreia de Robinho Jr. marcam amistoso do Santos
Madrugada de alerta: carreta pega fogo e trava Rodovia Imigrantes em Cubatão
Que mistérios guardam as paredes do nº 77 da Rua da Quitanda?
Trump e a geopolítica: impactos no Brasil