O tratamento usa o cão como facilitador no processo terapêutico
Karina Faleiros Publicado em 19/09/2023, às 12h34
Um grupo de sete pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), atendidas pelo Grupo de Avaliação Diagnóstica e Intervenção (Gadi), estão passando em um projeto pioneiro na Baixada Santista de tratamento com intervenções de cães do Canil da Guarda Civil Municipal (GCM).
A Cinoterapia, ou Terapia Facilitada por Cães, é uma atividade que usa o cão como facilitador no processo terapêutico. De acordo com o portal bs9, a psicóloga Tatiana Lopes, explica que o projeto piloto começou em agosto, e os resultados serão medidos em dezembro.
O Gadi atende crianças, adolescentes e adultos com os três níveis de transtorno do espectro autista (TEA): 1 (leve), 2 (moderado) e 3 (grave), e já são visíveis os avanços no desempenho dos atendidos, segundo a terapeuta ocupacional Karina Sales.
Segundo as psicólogas do Gadi, todos os ambientes, principalmente os equipamentos públicos, têm que se adequar para atender pessoas com TEA da melhor forma possível.
Um dos cães que ajudam no projeto, é o Ozzy, um border collie. Os outros animais da Guarda Civil Municipal são um goldendoodle Lucy e o pastor belga Hórus, e também temos a pequena Pérola, um shih-tzu. "Ela chega a ser a porta de entrada. Precisávamos de um animal de pequeno porte", destaca Karina Sales.
Tatiana explica que, a cinoterapia é aplicada como auxiliar no desenvolvimento de habilidades de cada pessoa atendida. Os sete atendidos do projeto estão na faixa de 3 a 26 anos.
A interação semanal com os cães se dá por período de 25 a 30 minutos. Cada atendido tem identificado um projeto para potencializar suas habilidades. "O objetivo é dar a eles maior independência e autonomia.
A cinoterapia é um facilitador desse processo. Mesmo com os resultados finais somente em dezembro, notamos já avanços na habilidade expressiva e na comunicação receptiva deles", relata Karina.
CINOTERAPEUTAS
O guarda civil Nilson da Silva Andrade e a inspetora Nizete Maurício dos Santos compõem o time de quatro cinoterapeutas da GCM. "É uma experiência nova. E é bom ver eles nesse processo ajudando as pessoas", cita Nizete.
Na avaliação de Nilson, "a cinoterapia ultrapassa as brincadeiras de interação com o cão, como no caso do 'show dog' e 'agility'. Ela é uma forma terapêutica que auxilia no desenvolvimento motor, na fala, no equilíbrio e no externar de emoções".
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