JUSTIÇA

Caso de atropelamento de PM: Família solicita julgamento do motorista em júri popular

Acusado públicou um vídeo consumindo álcool horas antes do acidente quelevou a morte da PM

Imagem: Reprodução/ PM/Divulgação
Imagem: Reprodução/ PM/Divulgação

Alanis Ribeiro Publicado em 09/10/2024, às 09h29


A família da soldado da Polícia Militar Bruna Magalhães, de 36 anos, morta em um atropelamento em São Vicente, pediu à Justiça que o motorista Ruan Malavazi Gois, de 32 anos, seja julgado em júri popular, após ele ter publicado um vídeo consumindo álcool horas antes do acidente. O advogado da família, Gustavo Alves, solicitou a transferência do caso para o Tribunal do Júri, e o Ministério Público de São Paulo apoiou o pedido, que aguarda decisão judicial.

Ruan foi inicialmente detido por embriaguez ao volante e homicídio culposo. No entanto, ele obteve liberdade provisória em 7 de setembro, após decisão da 2ª Vara Criminal de São Vicente. Desde então, é monitorado por tornozeleira eletrônica e enfrenta restrições legais, como não sair da cidade ou frequentar estabelecimentos que sirvam bebidas alcoólicas.

A defesa de Ruan, liderada pelo advogado Fabio Hypolitto, argumenta que a ida ao júri popular deve ser cuidadosamente avaliada. Segundo Hypolitto, seu cliente cumpre todas as medidas cautelares impostas e não descumpriu nenhuma exigência judicial.

No dia do acidente, Ruan alegou ter sido desorientado pela neblina ao entrar na contramão da rodovia. Ele admitiu não possuir carteira de habilitação e afirmou ter prestado socorro à vítima, embora relatos policiais contradigam essa versão.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram Ruan consumindo álcool horas antes do incidente. A Polícia Militar confirmou sinais de embriaguez no acusado após a colisão que vitimou Bruna.

Bruna Magalhães era integrante da 4ª Companhia do 21º Batalhão de Polícia Militar do Interior e estava em serviço extra no dia do acidente. Sua morte gerou grande comoção entre colegas e familiares. Ela deixa marido e dois filhos pequenos. O velório ocorreu no dia seguinte ao acidente.

O caso continua a ser acompanhado pela sociedade e por órgãos competentes, enquanto se aguarda uma decisão sobre o encaminhamento judicial dos processos relacionados.