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Criminoso chamado 'Lúcifer' mata 50 membros do PCC; entenda

Ex-membro da facção criminosa passou a matar integrantes após desavença com a organização

Imagem ilustrativa - Imagem: Reprodução/TSESP
Imagem ilustrativa - Imagem: Reprodução/TSESP

Alanis Ribeiro Publicado em 19/08/2024, às 12h26


Marcos Paulo da Silva, conhecido como "Lúcifer", é temido até pelos criminosos mais endurecidos do sistema prisional, sendo responsável pelo assasinato de mais de 50 pessoas em presídios de São Paulo.

Diagnosticado com psicose e transtorno de personalidade antissocial, Lúcifer se orgulha dos crimes cometidos. A trajetória criminosa é marcada pela ruptura com o PCC e pela fundação da temida facção Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho.

Preso pela primeira vez em 1995 por furto e roubo, Marcos Paulo da Silva ingressou no PCC pouco depois, tornando-se um membro ativo da facção aos 19 anos e participando de ações violentas no sistema carcerário.

Em 2013, Lúcifer rompeu com o PCC, acusando a facção de se desviar de seus princípios e focar apenas no lucro, o que desencadeou uma onda de terror.

Segundo a desembargadora Ivana David, Lúcifer passou a ver o PCC como um inimigo a ser eliminado. Em resposta, fundou a Cerol Fininho, uma facção dedicada a exterminar com extrema crueldade membros do PCC e de outras facções rivais. O nome “Cerol Fininho” remete ao uso de linhas cortantes misturadas com vidro e cola para ferir os adversários, simbolizando as execuções brutais do grupo.

Em fevereiro de 2015, na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, guardas prisionais encontraram os corpos mutilados de Francinilzo Araújo de Souza e Cauê de Almeida.

Após as execuções realizadas de forma macabras, o assassino escrevia “Cerol Fininho” nas celas com o sangue das vítimas.

Entre os crimes mais notórios de Lúcifer está o massacre de cinco detentos na Penitenciária de Serra Azul, em 2011, onde ele gritava que ‘queria matar mais’ por usar um estilete para decapitar agentes penitenciários em outro ataque.

Assassino de aluguel

Apesar de ter se distanciado do PCC, Lúcifer ainda manteve contato com a facção. Em 2017, durante a Operação Echelon, que prendeu 75 líderes do PCC em 14 estados, descobriu-se que o PCC tentou contratar Lúcifer para assassinar o rival “Zé Roberto da Compensa”. Embora a tentativa tenha sido frustrada pela intervenção das autoridades, isso demonstra a temida reputação de Lúcifer. 

Atualmente, com penas acumuladas de 217 anos e três meses, ele continua a ser uma figura central no terror das prisões brasileiras, sendo constantemente transferido para diferentes unidades para controlar sua violência.