Polícia

Caso Bruna Martello gira com novo laudo e MP pede a prisão de empresário por feminicídio

Histórico de violência e relatos de vizinhos levantam suspeitas sobre o comportamento do acusado antes da morte de Bruna

Fábio Seoane Soalheiro, de 59 anos, é acusado de matar Bruna Carvalho, de 35, após versão contraditória sobre sua morte - Foto: Reprodução/ Instagram
Fábio Seoane Soalheiro, de 59 anos, é acusado de matar Bruna Carvalho, de 35, após versão contraditória sobre sua morte - Foto: Reprodução/ Instagram

Redação Publicado em 19/08/2025, às 08h58


Com o apartamento em desordem e o corpo com vários ferimentos, o empresário Fábio Seoane Soalheiro, de 59 anos, foi preso em Alphaville por suspeita de ter matado a companheira, Bruna Martello Carvalho, de 35 anos. Na ocasião, ele ligou para a emergência alegando que a mulher havia sofrido uma convulsão, mas os ferimentos encontrados no local não batiam com a versão dele.

De acordo com o g1, a investigação da Polícia Civil ganhou um novo rumo recentemente, quando o Ministério Público de São Paulo reverteu a decisão anterior de pedir a soltura do acusado. O promotor Vitor Petri agora o acusa formalmente por feminicídio e solicitou à Justiça que ele continue preso. A mudança de postura do MP ocorreu após a família da vítima apresentar um laudo particular que aponta a asfixia como causa da morte, o que contraria parte do relatório inicial.

Histórico do acusado e relatos de vizinhos

A investigação também revelou detalhes sobre o passado do empresário. Ele já tinha um mandado de prisão em aberto por não pagar pensão alimentícia e era procurado em Santa Catarina por descumprir uma medida protetiva em outro caso de violência doméstica.

Além disso, a polícia ouviu vizinhos que relataram ter ouvido gritos, choro e barulhos vindo do apartamento do casal por pelo menos 90 dias antes da morte de Bruna. Em uma das noites que antecederam o crime, uma moradora chegou a gravar o barulho, o que reforçou a suspeita de um confronto físico.

Imagem: Reprodução
As mãos do acusado estavam marcadas e sangue foi achado no local do crime - Foto: Reprodução

A defesa de Fábio nega as acusações e afirma que ele colaborou com as autoridades desde o início. Os advogados do empresário destacam que o caso está sob investigação e que ele confia que a verdade será restabelecida. Agora, cabe à Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público e decidir se o empresário se tornará réu no processo e se sua prisão será mantida. A advogada da família de Bruna, Cecília Mello, disse que a denúncia é um passo importante para que a verdade venha à tona, segundo o g1.