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Disputa no STJ tem nova vitória do empresário João Araújo contra Santander

Com a decisão, o patrimônio de João Araújo, avaliado em R$ 100 milhões, permanece protegido contra ações do Banco Santander

João Araújo da Buritipar/ Itaúsa - Foto: Reprodução
João Araújo da Buritipar/ Itaúsa - Foto: Reprodução

Gabriel Nubile Publicado em 16/12/2025, às 08h05


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, negar provimento ao Recurso Especial nº 2.215.846 – SP, interposto pelo Banco Santander Brasil, confirmando a plena validade de cláusulas testamentárias e encerrando qualquer possibilidade de disputa judicial sobre o quinhão hereditário do empresário João José Oliveira de Araújo.

A decisão foi proferida pela Quarta Turma do STJ, que manteve o acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O patrimônio em questão é composto por ações da Itaúsa S/A e dividendos acumulados ao longo dos últimos anos, cujo valor pode chegar a aproximadamente R$ 100 milhões.

Com o julgamento, consolida-se a vitória de João Araújo frente à instituição financeira e reforça-se o entendimento de que cláusulas testamentárias de impenhorabilidade, incomunicabilidade e inalienabilidade são plenamente válidas, desde que respeitados os limites legais da legítima.

O Banco Santander sustentava a necessidade de comprovação de “justa causa” para a imposição das cláusulas restritivas, além de alegar suposta fraude à execução. Ambos os argumentos foram rejeitados pelo Ministro Relator, Raul Araújo, com acompanhamento integral dos demais ministros da Quarta Turma.

O entendimento firmado pelo STJ estabelece um precedente relevante no Direito Sucessório ao reafirmar a legitimidade da proteção patrimonial por meio de testamento, assegurando a prevalência da vontade do testador — neste caso, expressa por Ruth Tini de Araújo — e conferindo segurança jurídica aos herdeiros.

Sobre João Araújo

João José Oliveira de Araújo é empresário brasileiro e uma das principais lideranças do setor mineral no país. Teve papel decisivo na expansão e internacionalização da Buritirama Mineração, empresa que adquiriu da família por cerca de R$ 500 milhões, sendo aproximadamente R$ 300 milhões em dívidas. Atualmente, ocupa o cargo de Presidente do Conselho de Administração e é fundador do Grupo Buritipar, conglomerado que reúne mais de oito empresas atuantes nos segmentos de mineração, metalurgia, tecnologia, logística e agronegócio