O preço do dólar dispara com a vitória do Republicano nessas eleições; a moeda deve continuar alta até o final de 2024
Maria Clara Campanini Publicado em 06/11/2024, às 12h40
O mercado financeiro global observou uma significativa valorização do dólar americano nesta quarta-feira (6), como reflexo imediato da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. A moeda norte-americana, que já vinha apresentando tendência de alta nas últimas semanas devido às crescentes chances de vitória do candidato republicano, alcançou o patamar de R$ 6 no câmbio turismo.
Especialistas afirmam que a valorização do dólar tende a continuar, impulsionada pelas políticas econômicas protecionistas defendidas por Trump. Tais medidas, voltadas para restringir o comércio internacional e promover a produção interna, podem aumentar o déficit fiscal dos EUA e pressionar as taxas de juros no país. Como consequência, espera-se que a economia brasileira enfrente pressões inflacionárias e possíveis aumentos nas taxas de juros para conter a escalada dos preços.
Na manhã desta quarta-feira, o dólar comercial registrava alta de 0,64%, sendo negociado a R$ 5,783, enquanto o dólar turismo avançava 1,26%, cotado a R$ 6,051. No cenário internacional, a moeda americana também se valorizava frente a outras divisas significativas: subiu 1,8% em relação ao iene japonês, 2,1% frente ao euro e 1,1% comparado ao dólar australiano.
Analistas apontam que a estratégia protecionista proposta por Trump deverá fortalecer ainda mais o dólar nos próximos meses. Durante sua campanha eleitoral, o presidente eleito manifestou intenção de aumentar tarifas sobre importações de diversos produtos e serviços. Tais medidas podem levar investidores globais a buscar maior segurança em ativos americanos, aumentando a demanda pela moeda dos Estados Unidos.
Impacto no Brasil:
O impacto dessa conjuntura pode ser observado na expectativa de que o dólar comercial atinja novamente os R$ 6 até o final de 2024. Além das incertezas relacionadas ao governo Trump, questões fiscais domésticas também contribuem para essa projeção. O mercado aguarda com expectativa maiores esclarecimentos sobre os cortes orçamentários planejados pelo governo brasileiro para 2026.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou preocupação com as declarações de Trump durante a campanha eleitoral e destacou que o cenário mundial amanheceu tenso. Haddad mencionou a necessidade de cautela e destacou que nem sempre as promessas de campanha se concretizam como anunciadas. Ele enfatizou que o Brasil deve focar em suas próprias políticas para minimizar os impactos externos adversos.
A valorização do dólar tem efeitos diretos sobre a economia brasileira, refletindo-se em aumento dos preços das commodities e produtos importados. Itens básicos como pão e macarrão tendem a ficar mais caros devido à alta do trigo no mercado internacional. Da mesma forma, o encarecimento da gasolina impacta diretamente no bolso do consumidor brasileiro.
Nesse contexto, o cenário econômico global requer atenção redobrada das autoridades monetárias brasileiras para mitigar os efeitos inflacionários decorrentes da valorização do dólar.
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