Perda prematura do cantor é sentida profundamente entre familiares e amigos, que lembram dele como uma pessoa amorosa e generosa
Alanis Ribeiro Publicado em 31/12/2024, às 17h31
Adalto Mello, de 39 anos, o cantor de pagode que morreu no domingo (29), por volta das 2h38, atropelado por um motorista embriagado em São Vicente, era formado em Educação Física. O músico deixa um filho de apenas 10 anos.
O incidente ocorreu enquanto o compositor pilotava sua motocicleta na Avenida Tupiniquins, no bairro Japuí. Ele foi atingido por um veículo conduzido por um homem de 32 anos, que foi detido após o teste do bafômetro indicar a presença de álcool no sangue.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) inicialmente registrou o caso como homicídio culposo (sem intenção de matar), mas a natureza da ocorrência foi posteriormente alterada para homicídio doloso com dolo eventual, indicando que o motorista assumiu o risco de causar a morte ao dirigir embriagado.
Adalto Mello era divorciado e residia com sua mãe em Santos. Ele era pai de um menino que frequentemente passava os finais de semana e férias ao seu lado. A mãe do artista, Carla Vanessa De Mello Almeida, expressou sua dor pela perda e revelou a angústia do neto diante da situação: "Meu neto está em casa, ele veio passar as férias com a gente. Não sei mais o que fazer para consolá-lo, porque ele grita: 'Meu pai, meu pai'. Eu tenho falado para ele que Adalto está com Deus", disse ao g1.
Carla descreveu Adalto como seu primogênito e comentou sobre o forte laço que ele mantinha com seus dois irmãos. "Eram os três mosqueteiros", relembrou, evidenciando o impacto emocional que a morte teve sobre a família.
Profissionalmente, Adalto era um dedicado trabalhador, conciliando sua carreira em Educação Física com sua paixão pela música. Desde a infância, ele demonstrou interesse musical ao aprender a tocar cavaco apenas observando seu pai. Com menos de 15 anos, ele se juntou ao coral da igreja local e começou a se apresentar em eventos e comércios com seu grupo de pagode.
A mãe destacou que o sonho de Adalto sempre foi viver da música não por busca de fama ou riqueza, mas pela verdadeira paixão que sentia por ela. Ela recordou momentos especiais em que outros admiravam seu talento durante apresentações: "Nunca esqueço de quando ele se apresentou em um shopping e um homem passou e falou: 'Nossa, que voz linda'. Eu disse que era meu filho e ele me deu os parabéns".
Em suas palavras, Carla ressaltou a fé inabalável de Adalto: "Ele era muito temente a Deus. Eu falava: 'Filho, cuidado, você vai sozinho?'. Ele respondia: 'Não estou sozinho, eu estou com Deus'". Para ela, essa certeza traz conforto em meio à dor da perda.
Sobre o acidente
O acidente foi registrado por câmeras de segurança que mostram o momento em que o motorista desrespeitou uma manobra segura e colidiu com Adalto. A Secretaria de Segurança Pública informou que equipes policiais foram rapidamente acionadas ao local do incidente, onde encontraram tanto o veículo quanto a motocicleta danificados. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também estiveram presentes para tentar reanimar o cantor; no entanto, sua morte foi confirmada ainda na cena do acidente.
A perda prematura do cantor é sentida profundamente entre familiares e amigos, que lembram dele como uma pessoa amorosa e generosa: "Ele tinha defeitos como qualquer um, mas tinha um coração puro", concluiu Carla.
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