Investigação da Corregedoria da PM examina a participação de agentes em escolta de alvo assassinado no Aeroporto de Guarulhos
Maria Clara Campanini Publicado em 12/11/2024, às 12h44
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) anunciou o afastamento de oito policiais militares, atualmente sob investigação pela Corregedoria da Polícia Militar. A medida faz parte de uma força-tarefa destinada a esclarecer o possível envolvimento dos oficiais na escolta de um indivíduo vinculado a uma facção criminosa, que foi assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
O inquérito policial militar, que já está em andamento há mais de um mês, busca esclarecer as circunstâncias da participação dos policiais no incidente, ocorrido na área de desembarque do aeroporto. Este procedimento é conduzido pela Corregedoria da PM e foi formalizado pelo coronel Fábio Sérgio do Amaral, responsável pela corregedoria e membro da força-tarefa. Os agentes envolvidos foram intimados para prestar depoimentos, e seus dispositivos móveis foram apreendidos para análise como parte das investigações.
Além disso, a Corregedoria da Polícia Civil está analisando a atuação de policiais civis mencionados em acordos de colaboração com o Ministério Público. Em outubro, iniciaram-se procedimentos sigilosos para examinar individualmente as condutas relatadas. O delegado-geral Artur Dian destacou a necessidade de um processo administrativo disciplinar claro e robusto para justificar qualquer afastamento dos agentes, enfatizando a busca por provas concretas durante o inquérito. O texto conta com informações da Agência SP.
A força-tarefa foi instituída oficialmente no dia 11 de setembro por meio de uma resolução publicada no Diário Oficial do Estado, atendendo à determinação do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. Segundo Derrite, o objetivo é agilizar a identificação e prisão dos responsáveis pelo crime. A coordenação do grupo é liderada pelo secretário-executivo da SSP, delegado Osvaldo Nico Gonçalves. A equipe inclui ainda o delegado Caetano Paulo Filho, do Departamento de Inteligência da Polícia Civil; a delegada Ivalda Aleixo, do DHPP; o coronel Pedro Luís de Souza Lopes, chefe do Centro de Inteligência da PM; e a perita criminal Karin Kawakami de Vicente. O Ministério Público e a Polícia Federal também estão colaborando com a força-tarefa através do compartilhamento estratégico de informações para garantir a eficácia das investigações.
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