Investigações em Luxemburgo revelam um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo os empresários beneficiados por Ney Bello
Marina Milani Publicado em 16/01/2025, às 14h47
O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), está envolvido em um novo escândalo envolvendo a concessão de liminares durante plantões judiciais, conforme apurou o Diário de São Paulo. A facilidade com que decisões controversas foram proferidas, contrariando precedentes e alterando a condução de processos, levantou questionamentos sobre a imparcialidade e a legalidade de suas ações.
Entre os casos que chamam mais atenção está a liminar que beneficiou os empresários Ruy del Gaiso e Renato Mazzucchelli, controladores do fundo Agro1. Ambos são alvos da Operação Cortina de Fumaça, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que apura a compra de decisões judiciais e outros crimes financeiros.
Decisões que viram o jogo
A decisão tomada por Ney Bello no início de janeiro de 2025 suspendeu o reconhecimento de Walter Faria, do Grupo Petrópolis, como credor da empresa Imcopa, favorecendo os controladores do fundo Agro1. Essa ação reverteu, de forma surpreendente, oito decisões anteriores do próprio TRF-1.
Além disso, a troca de relatoria do caso no âmbito do tribunal, promovida durante o plantão, gerou forte indignação no meio jurídico, ampliando as suspeitas de irregularidades no processo.
Conexões internacionais
Os favorecidos pela liminar também estão na mira de autoridades em Luxemburgo, acusados de desviar milhões de euros de empresas ligadas a Walter Faria. As investigações apontam para um esquema de lavagem de dinheiro que ultrapassa fronteiras, reforçando a gravidade das acusações.
Plantões como estratégia?
Conforme analisado pelo Diário de São Paulo, Ney Bello já era conhecido por conceder decisões polêmicas em plantões judiciais, mas os casos recentes elevaram o debate sobre o uso desse expediente. Juristas questionam o critério utilizado pelo desembargador e a rapidez com que decisões contrárias a entendimentos consolidados foram proferidas.
Disputa pelo controle da Imcopa
No centro da polêmica está a batalha judicial pela empresa Imcopa, em disputa desde 2018 entre o Grupo Petrópolis, de Walter Faria, e a gestora RC2, de del Gaiso e Mazzucchelli. O controle da companhia oscila conforme as decisões judiciais, intensificando o embate jurídico.
Sem respostas
Procurado, o desembargador Ney Bello não se manifestou até o fechamento desta edição. Os representantes de Ruy del Gaiso e Renato Mazzucchelli também não retornaram os contatos da reportagem. Caso surjam novos posicionamentos, o texto será atualizado.
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