Meio Ambiente

SEMIL inicia projeto para erradicar árvore exótica invasora no Parque Estadual Serra do Mar

A árvore ameaça as espécies nativas da Baixada Santista

SEMIL inicia projeto para erradicar árvore exótica invasora no Parque Estadual Serra do Mar - Imagem: Divulgação/ Fundação Floresta
SEMIL inicia projeto para erradicar árvore exótica invasora no Parque Estadual Serra do Mar - Imagem: Divulgação/ Fundação Floresta

Maria Clara Campanini Publicado em 26/09/2024, às 12h23


A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) deu início a um projeto de remoção da espécie Sonneratia apetala no Parque Estadual Serra do Mar, contratando os serviços por meio da Fundação Florestal. A ação está prevista para ocorrer entre os meses de agosto e novembro. Esta espécie, nativa dos manguezais da região Indo-Malaia, está sendo erradicada devido à sua elevada capacidade de adaptação, que ameaça as espécies locais ao ocupar seu espaço natural.

Laís Coutinho, coordenadora do programa de gestão integrada de manguezais da Fundação Florestal, destacou que a Sonneratia apetala se sobressai em comparação às árvores nativas, tanto em altura quanto em largura, dominando o bioma local. Esta característica confere à espécie exótica uma vantagem competitiva sobre as plantas autóctones.

Após uma série de inspeções de campo realizadas pela Fundação Florestal em conjunto com o IBAMA e especialistas, foi constatada a seriedade do problema. Em resposta, foi adotada a estratégia de Detecção Precoce e Resposta Rápida (DPRR). O primeiro registro dessa espécie exótica no Brasil ocorreu em fevereiro deste ano, com 86 exemplares identificados. Atualmente, esse número subiu para aproximadamente 250. A proliferação rápida desta espécie pode alterar significativamente a estrutura do ecossistema local, afetando negativamente a biodiversidade e comprometendo o ambiente.

O Programa de Gestão Integrada de Manguezais da Fundação Florestal tem como objetivo a conservação, recuperação e valorização dos manguezais sob sua administração. As atividades do programa incluem monitoramento contínuo, manejo de espécies exóticas e invasoras e iniciativas de educação ambiental. Reconhecidos pela sua capacidade de prover serviços ecossistêmicos essenciais para a vida marinha e terrestre, os manguezais são também vitais para as comunidades caiçaras. Além disso, desempenham um papel crucial no combate às mudanças climáticas devido à sua alta capacidade de sequestro de carbono.