Vendas e empregos crescem no setor supermercadista da Baixada Santista e Vale do Ribeira

A Associação Paulista de Supermercados (APAS) divulgou  na quinta-feira (7), que, entre janeiro e setembro de 2023, os supermercados da Baixada Santista e do Vale do Ribeira registraram um aumento de 6,3% nas vendas, superando a média estadual de 5,6%. Esse crescimento reflete um aumento no consumo das famílias dessas regiões.

Além do aumento nas vendas, o setor supermercadista na Baixada e no Vale ampliou sua força de trabalho com a criação de 1.532 novos empregos neste período, ultrapassando o total de vagas geradas nos dois anos anteriores combinados. No entanto, a APAS destacou um desafio persistente: a escassez de candidatos qualificados para preencher as 1.440 vagas disponíveis nas 1.296 lojas da região.

O economista-chefe da APAS, Felipe Queiroz, atribui o crescimento do consumo ao cenário econômico positivo, com a taxa de desemprego em níveis históricos baixos e o número de empregados em alta. Isso refletiu uma mudança nos hábitos de compra das famílias, que agora preferem produtos de maior valor agregado. O crescimento foi especialmente notável em cidades como Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande, com Santos registrando R$ 3,58 bilhões em faturamento entre janeiro e agosto.

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Queiroz também criticou o impacto da "dolarização" indevida de certos produtos e alertou para um "efeito especulativo" em alguns setores. Para 2024, ele previu um aumento de 3,2% no PIB brasileiro, o que ajudaria a manter o crescimento do setor supermercadista.

Em relação aos preços de produtos típicos das festas de fim de ano, Queiroz minimizou o impacto da valorização do dólar, prevendo um aumento moderado nos preços e um crescimento contínuo do consumo. Ele ressaltou que um dólar forte poderia beneficiar a indústria nacional, tornando seus produtos mais competitivos no mercado internacional.

Por fim, a APAS revelou que os pequenos mercados dominam a região da Baixada Santista e Vale do Ribeira, representando 51,8% das operações de varejo alimentar. Os mercados de micro e médio porte somam 44,2%, enquanto as grandes lojas ocupam apenas 4%. No total, são contabilizados 684 pequenos mercados e diversos outros estabelecimentos de alimentos na região.