Polícia investiga denúncias de abusos físicos e psicológicos; paciente foragido da Justiça foi preso
Lívia Gennari Publicado em 15/06/2025, às 12h40
Uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, localizada no bairro Suarão, em Itanhaém, foi alvo de uma operação da Polícia Civil após denúncias de maus-tratos e irregularidades no atendimento aos internos. A ação contou com o apoio da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), do canil da Guarda Civil Municipal e da Vigilância Sanitária.
Segundo a Polícia Civil, as investigações conduzidas pelo 3º Distrito Policial de Itanhaém apontavam que a unidade mantinha pacientes em condições precárias e submetia alguns deles a abusos físicos e psicológicos. Diante dos indícios, a Justiça autorizou o cumprimento de mandado de busca no local.
Durante a vistoria, os agentes constataram uma série de irregularidades, entre elas a administração inadequada de medicamentos, internações compulsórias sem respaldo legal e a presença de pessoas com distúrbios psiquiátricos severos, incompatíveis com o perfil de atendimento da clínica. Os medicamentos considerados irregulares foram apreendidos pela Vigilância Sanitária.
Durante as conversas com os internos, os policiais notaram que um dos pacientes demonstrava nervosismo e tentou se distanciar das equipes.
Ao ser abordado, o homem confessou que estava foragido da Justiça. Após a checagem nos sistemas policiais, foi confirmado que havia um mandado de prisão preventiva em aberto por tráfico de drogas. Ele foi detido e encaminhado ao sistema prisional.
Responsáveis pela clínica, testemunhas e alguns pacientes foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos. Parte dos internos relatou experiências de negligência e abuso por parte dos administradores da unidade.
As investigações continuam sob responsabilidade do 3º DP de Itanhaém, que busca esclarecer o funcionamento da clínica e apurar eventuais responsabilidades criminais.
A operação reacende o debate sobre a fiscalização e o funcionamento das comunidades terapêuticas no Brasil, especialmente aquelas voltadas ao tratamento de dependência química.
Entidades de direitos humanos e especialistas na área da saúde mental reforçam a importância de políticas públicas que garantam acolhimento humanizado, com respaldo técnico e jurídico, evitando que locais destinados à recuperação se tornem espaços de violação de direitos.
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