Santos e cidades vizinhas foram alvos de buscas durante a Operação Água de Pedra, que investiga grupo responsável por invadir sistema de prefeitura em SC
Lívia Gennari Publicado em 15/06/2025, às 02h21
A Polícia Civildeflagrou a Operação Água de Pedra com objetivo de investigar um grupo de hackers suspeito de desviar recursos públicos após invadir o sistema da prefeitura de uma cidade do interior de Santa Catarina.
Embora o crime tenha ocorrido no Sul do país, a Baixada Santista teve papel central nas investigações, com mandados de busca e apreensão sendo cumpridos em Santos, Guarujá, São Vicente e Praia Grande.
Coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santa Catarina, a investigação teve início após a constatação de um esquema de furto mediante fraude.
Os criminosos utilizaram técnicas de engenharia social e inserção de malwares (ferramentas que invadem sistemas) para acessar o sistema interno da prefeitura. Com isso, conseguiram realizar transferências de valores públicos para contas bancárias de terceiros.
Ao longo das diligências, os policiais conseguiram rastrear os destinatários finais das transferências bancárias, o que levou à deflagração da operação. Ao todo, foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão em seis cidades: além das quatro da Baixada Santista, os agentes também atuaram em Parnaíba (PI) e Fortaleza (CE).
Durante as buscas, foram apreendidos diversos documentos e equipamentos eletrônicos, considerados fundamentais para comprovar o envolvimento dos suspeitos. Apesar disso, nenhuma prisão foi realizada até o momento.
A ação contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e de policiais civis dos estados de São Paulo, Ceará e Piauí.
O nome da cidade catarinense vítima do golpe e o montante total desviado ainda não foram divulgados pela polícia. A Polícia Civil segue analisando o material apreendido para identificar outros possíveis envolvidos e mapear a rede de beneficiários do esquema. A expectativa é que, com os avanços da perícia digital, novos desdobramentos ocorram nos próximos dias.
A corporação também reforça a importância da colaboração entre estados para o combate a crimes cibernéticos que ultrapassam fronteiras e afetam diretamente os cofres públicos.
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