Uma discussão acalorada em um ônibus intermunicipal culminou em um esfaqueamento, deixando passageiros em pânico
Gabriel Nubile Publicado em 14/09/2025, às 12h34
Uma briga que começou com provocações em um ônibus lotado em Praia Grande terminou com um passageiro esfaqueado na perna na noite de sábado (13). O caso, que aconteceu por volta das 18h na linha intermunicipal 934, que liga a cidade a Santos, foi marcado por momentos de grande tensão, insultos e agressões físicas, tudo testemunhado pelos outros passageiros que estavam no veículo.
Segundo o relato de uma pessoa que estava no ônibus, a confusão começou quando um homem, que aparentava estar bêbado e estava acompanhado de seu irmão, entrou no coletivo e passou a incomodar e xingar os outros passageiros. Um dos homens que estava sendo alvo das ofensas reagiu, e os dois começaram a bater boca e a se ameaçar durante todo o trajeto. A discussão ficou tão acalorada que o homem que iniciou a briga chegou a desafiar o outro a descer do ônibus para “resolverem as coisas lá fora”.
Da briga verbal à agressão física
A troca de ofensas continuou por vários minutos. A testemunha contou que o homem que provocava a briga usou diversos xingamentos, inclusive de cunho racista. O clima de tensão atingiu o ápice quando o passageiro que estava sendo ofendido pediu para descer do ônibus, perto do Instituto Neymar. No momento em que ele descia, o provocador lhe deu um chute nas costas, derrubando-o no chão.
O que ele não esperava era a reação. O homem que foi chutado se levantou rapidamente, tirou um canivete do bolso e deu uma facada na perna do agressor que ainda estava no ônibus. O ato gerou pânico entre os passageiros, que gritaram para o motorista fechar a porta. “A gente pediu para o motorista fechar a porta, porque ele [o agressor] estava furioso. Ele ficou batendo na porta para pegar ele [homem que o chutou]”, contou a testemunha.
Como se não bastasse, após o esfaqueamento, o irmão do ferido, que segundo relatos dormiu durante boa parte da briga, acordou e começou a ofender a todos, inclusive o motorista, que precisava se defender das ameaças e dirigir ao mesmo tempo.
Em um desfecho surpreendente, apesar de ter perdido muito sangue, o homem esfaqueado foi levado para a UPA Quietude, onde o ferimento foi considerado superficial. Na unidade, ele se recusou a registrar um boletim de ocorrência contra seu agressor e, segundo a Polícia Militar, ainda foi hostil com os policiais e com os funcionários do hospital. Por conta da recusa da vítima em prestar queixa, ninguém foi preso e o caso não foi registrado na delegacia.
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