CONQUISTA

Campeã olímpica Bia Souza é recebida com festa ao retornar à cidade onde foi criada

A atleta foi recebida por visitantes e moradores que gritavam seu nome

Beatriz tem duas medalhas de prata, sendo uma em Budapeste, em 2017, no torneio por equipes mistas, e em Tashkent, em 2022, no torneio individual - Imagem: Reprodução/Diego Bertozzi/TV Tribuna
Beatriz tem duas medalhas de prata, sendo uma em Budapeste, em 2017, no torneio por equipes mistas, e em Tashkent, em 2022, no torneio individual - Imagem: Reprodução/Diego Bertozzi/TV Tribuna

Alanis Ribeiro Publicado em 10/08/2024, às 16h35


A campeã olímpica de judô Beatriz Souza,responsável por trazer a primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris, foi recebida de forma calorosa pela população na manhã deste sábado (9), em Peruíbe - cidade onde foi criada. 

Bia subiu ao lugar mais alto do pódio após derrotar a israelense Raz Hershko, número 2 do ranking mundial, por waza-ari na decisão da categoria acima de 78 kg em 2 de agosto. No entanto, além do ouro, a judoca trouxe ao Brasil uma medalha de bronze, conquistada no judô por equipes.

A atleta foi recepcionada por uma multidão de admiradores, que passaram a clamar por chamando seu nome. Em seguida, um carro do Corpo de Bombeiros esteve a sua disposição, onde pude seguir para um desfile com as medalhas pelas ruas principais da cidade. 

De maneira acolhedora, retribuindo o carinho e apoio dos torcedores, Bia tirou fotos, deu autógrafos e recebeu desenhos das crianças e pessoas que estavam presentes acompanhando. 

A carreata seguiu com destino para a festa de boas-vindas na Praça Matriz, com a Banda Municipal. Depois, a atleta visitou a escola Maria Amélia Ribas Campilongo, onde foi recebida por membros da Associação Budokan, onde começou a praticar judô.

A medalhista olímpica também receberá homenagens da instituição e da Prefeitura de Peruíbe, que, em nota, descreveu o momento como "histórico para a cidade".

Quem é

Bia nasceu em Itariri  e cresceu em Peruíbe, onde começou a treinar judô aos sete anos. Sua principal inspiração para o esporte foi seu pai, um judoca aposentado que a levou para assistir a um treino. Bia foi a única entre suas três irmãs a seguir seus passos

.Aos 15 anos, decidiu se dedicar ainda mais para o judô, onde conquistou títulos e reconhecimento. Em 2023, foi eleita a melhor judoca do ano pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e, em abril deste ano, entrou para a lista de pré-convocados para as Olimpíadas de Paris.

Pouco antes dos Jogos Olímpicos, a atleta enfrentou a perda de sua avó, falecida em 22 de junho. Apesar da dor, sua mãe, Solange Rodrigues, destacou que Beatriz manteve firme seu objetivo de participar dos Jogos.

Conquistas

A atleta se mudou para a capital paulista após ser chamada para integrar a equipe do Palmeiras para a temporada de 2013. No fim do mesmo ano, ela foi chamada para o Esporte Clube Pinheiros. Beatriz passou nos testes e, desde então, representa o clube.

Em campeonatos mundiais, Beatriz tem duas medalhas de prata, sendo uma em Budapeste, em 2017, no torneio por equipes mistas, e em Tashkent, em 2022, no torneio individual. Além disso, tem quatro medalhas de bronze: Tóquio (2019), Budapeste (2021) no torneio por equipes mistas, Budapeste (2021) e Doha (2023) no torneio individual.

Nos Jogos Pan-Americanos, ela conquistou uma prata em Santiago (2023), no torneio por equipes mistas, e duas medalhas de bronze, em Lima (2019) e Santiago (2023), no torneio individual.