TRAGÉDIA

Casal é preso em Praia Grande por morte de filho com overdose de cocaína

Laudo necroscópico confirma que a causa da morte do bebê foi overdose de cocaína, levando à prisão dos pais

Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande - Imagem: Reprodução/Divulgação
Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande - Imagem: Reprodução/Divulgação

Alanis Ribeiro Publicado em 12/01/2025, às 16h56


O casal Priscila Vancini Lopes, de 35 anos, e Wanderley de Araújo, de 48, foi preso acusado de matar o próprio filho de três meses por overdose de cocaína, em maio de 2024, em Campinas, São Paulo. O casal foi localizado pela polícia em Praia Grande, onde Priscila havia dado à luz outra criança no Hospital Irmã Dulce, enquanto Wanderley foi encontrado pela Polícia Militar em "atitude suspeita" na cidade.

A prisão de Priscila ocorreu na tarde de quinta-feira (9), após a polícia receber informações sobre uma paciente com mandado de prisão em aberto. Ela foi abordada enquanto ainda se recuperava do parto.

Wanderley, por sua vez, foi detido aproximadamente duas horas depois, no bairro Mirim, também em Praia Grande. Durante patrulhamento na região, a Polícia Militar notou dois homens agindo de forma suspeita. Ao abordar a dupla, os agentes identificaram Wanderley como procurado pela Justiça.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, Wanderley apresentava sintomas de virose e foi inicialmente levado ao Pronto-Socorro Central antes de ser encaminhado à Central de Polícia Judiciária (CPJ).

A tragédia com o bebê aconteceu em 10 de maio do ano anterior. Priscila e Wanderley levaram a criança já sem vida a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Padre Anchieta. Na delegacia, Priscila declarou que havia amamentado o bebê com uma mamadeira e o deixado dormindo na cama enquanto cuidava da filha mais velha. Quando retornou, encontrou o menino com marcas roxas pelo corpo e sangue saindo do nariz.

O laudo necroscópico apontou que a causa da morte foi overdose de cocaína. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) concluiu que os pais foram responsáveis pela morte da criança, sob circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas.

Ambos os acusados enfrentam processos judiciais e devem responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado perante um tribunal do júri.