AUMENTO

Cesta Básica em Santos ultrapassa R$ 720: Impactos no poder aquisitivo

Esse valor representa uma alta de 4,64% em comparação com o levantamento anterior

Cesta básica - Imagem: Reprodução/Redes Scoais
Cesta básica - Imagem: Reprodução/Redes Scoais

Alanis Ribeiro Publicado em 13/12/2024, às 12h19


Um estudo recente realizado pela Universidade Católica de Santos apontou um aumento significativo no valor da Cesta Básica na cidade, que registrou um custo médio de R$ 720,91 entre os meses de agosto e setembro. Esse valor representa uma alta de 4,64% em comparação com o levantamento anterior, que indicou um preço médio de R$ 688,92.

Os principais responsáveis por essa elevação nos preços foram itens como carne, tomate, batata, óleo de soja e café. Por outro lado, alguns produtos apresentaram uma leve queda de preço, como feijão carioca, farinha de mandioca e margarina.

A Cesta Básica, composta por itens essenciais, tem um impacto direto no custo de vida das famílias. A variação dos preços desses produtos é influenciada por diversos fatores, entre os quais se destaca a flutuação cambial, que exerce grande influência, especialmente sobre os itens importados. Nos últimos anos, as oscilações na taxa de câmbio no Brasil têm afetado diretamente o poder de compra da população.

Dado que a Cesta Básica contém uma diversidade de produtos, cada um pode ser afetado de maneira distinta pelas variações cambiais. Isso evidencia a interdependência entre o mercado internacional e o consumo interno, com reflexos diretos no poder aquisitivo das famílias brasileiras.

A carne, um dos principais componentes da cesta, está particularmente exposta às flutuações cambiais devido à alta demanda externa. A valorização do dólar torna as exportações mais atrativas para os produtores, que muitas vezes priorizam o mercado internacional, o que reduz a oferta interna e pressiona os preços. 

Além disso, o aumento no custo da ração animal, em grande parte importada, também é um reflexo da valorização do dólar, o que eleva ainda mais os preços da carne no mercado interno. Como resposta a esse cenário econômico, muitos consumidores têm optado por alternativas à carne vermelha, como ovos e carnes menos dependentes do mercado externo, como frango e porco.