Polícia

Falso jornalista é detido em São Vicente após tentar aplicar golpes em lojas

Após denúncias, a Polícia Civil localizou o golpista que se passava por jornalista e confessou suas ações fraudulentas

Adriano Correa da Silva usava credencial falsa para extorquir comércios na Baixada Santista e foi preso em flagrante - Imagem: Divulgação/ Polícia Civil
Adriano Correa da Silva usava credencial falsa para extorquir comércios na Baixada Santista e foi preso em flagrante - Imagem: Divulgação/ Polícia Civil

Gabriel Nubile Publicado em 13/06/2025, às 08h45


Um golpista de 51 anos que se passava por jornalista para tentar extorquir comércios na Baixada Santista foi preso em flagrante pela Polícia Civil em São Vicente. O homem, identificado como Adriano Correa da Silva, usava uma credencial falsa de uma emissora de TV e, ao ser detido nesta quinta-feira (12), confessou que com o documento falsificado chegou a conseguir até um desconto para visitar o museu do Santos Futebol Clube.

A polícia chegou ao suspeito após receber uma denúncia no 5º Distrito Policial de Santos e na Delegacia Seccional. O relato indicava que um homem estava utilizando o nome da imprensa para obter vantagens indevidas em vários estabelecimentos comerciais da região.

A farsa desmascarada e a confissão do falso jornalista

Com base nas informações, os agentes da Polícia Civil foram até a Rua Visconde do Rio Branco, onde conseguiram localizar Adriano saindo de um imóvel. Abordado pelos policiais, ele se identificou como funcionário da Record, apresentando um crachá que, posteriormente, se revelou ser falso.

Ao ser questionado sobre como obteve o documento, Adriano confessou que havia mandado confeccioná-lo em uma gráfica de Praia Grande. Ele admitiu que o objetivo era usar o crachá para conseguir benefícios indevidos, mas alegou que a única vantagem que de fato conseguiu foi um desconto para entrar no museu da Vila Belmiro, no estádio do Santos FC.

Adriano Correa da Silva foi levado à delegacia e autuado pelos crimes de estelionato e uso de documento falso. A emissora de televisão cujo nome foi utilizado indevidamente enviou uma declaração oficial à Polícia Civil, confirmando que Adriano nunca fez parte de seu quadro de funcionários e que está colaborando integralmente com as investigações. A empresa reforçou que o nome estava sendo indevidamente associado a práticas de extorsão.

A Polícia Civil segue investigando o caso para verificar a extensão das ações do falso jornalista e se outros comércios na Baixada Santista foram enganados.