Deputada brasileira é procurada pela Interpol e pode estar escondida em Nápoles
Redação Publicado em 24/06/2025, às 16h53
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), segue sendo procurada na Itália. Conforme explicou o embaixador do Brasil no país, Renato Mosca, as autoridades italianas receberam uma informação de que ela teria alugado um apartamento nos arredores de Roma. No entanto, quando os policiais foram ao local, o imóvel estava vazio.
“Não se sabe se ela alugou, mas não usou o apartamento. Há indícios, e os policiais vão atrás deles. A polícia italiana está numa fase de investigação para saber como ela tem circulado aqui na Itália.” A declaração de Mosca mostra que a busca ainda está em andamento, e uma das linhas de investigação considera a hipótese de que Zambelli esteja escondida na região de Nápoles.
Desde o fim de maio, quando deixou o Brasil poucos dias após sua condenação, a parlamentar passou a ser considerada fugitiva da Justiça. O nome dela já consta na difusão vermelha da Interpol, mecanismo usado para alertar polícias de todo o mundo sobre pessoas procuradas internacionalmente.
De acordo com informações da jornalista Patrícia Marques, do g1, o mandado de prisão expedido pela Interpol, já homologado pela Justiça italiana, permite que Zambelli seja presa a qualquer momento. No entanto, não há autorização para buscas em imóveis ou quartos de hotel, o que limita a atuação da polícia local.
A embaixada brasileira já enviou formalmente ao governo italiano o pedido oficial de extradição, e o processo agora depende da Justiça do país europeu. “A embaixada fez a sua parte do ponto de vista da solicitação oficial de extradição do governo brasileiro. Eu fui ao Ministério de Negócios Estrangeiros e apresentei, formalmente, o pedido. O Ministério já entregou ao Ministério da Justiça, que encaminha agora à justiça italiana. Ela que vai analisar o processo e verificar as razões de a parlamentar ter sido condenada no Brasil.”
Mosca explicou que Zambelli terá direito à defesa durante o processo de extradição, podendo apresentar recursos se a Justiça italiana decidir pela entrega às autoridades brasileiras. “E uma vez concluído o processo no âmbito judicial, ele retorna ao Ministério da Justiça italiano, que decide em última instância se extradita ou não a foragida.”
O embaixador se disse esperançoso quanto ao desfecho favorável para o Brasil. “Estamos também confiantes de que o governo italiano acolherá o nosso pedido de extradição, baseado também na cooperação que os dois países têm de excelente nível. Nós extraditamos, recentemente, dois importantes mafiosos para a Itália, Vicenzo Pasquino e Rocco Morabito. Então, existe aí um trabalho precedente muito consistente.”
A ordem de prisão contra Zambelli foi motivada por sua condenação a 10 anos de prisão, após invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça e inserir dados falsos, incluindo um mandado de prisão forjado contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
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